terça-feira, 27 de março de 2012

A velha da quermesse

Meu nome é Jean, tenho 16 anos. Moro nos Estados Unidos a um ano, e aqui é normal ter quermesses, principalmente quando não é uma cidade muito grande como a que eu moro. Eu e alguns amigos fomos em uma quermesse a alguns meses, e eu claro, levei minha câmera. Tirei várias fotos, e depois de ir em alguns brinquedos fui olha-las. As primeiras fotos ficaram um pouco embaçadas, o que não é muito comum. Na próxima foto, observei uma mancha preta bem no fundo da imagem, e a partir dessa, todas mantinham a mesma mancha. Passei a tirar fotos com o zoom ligado, e as fotos começaram a ficar mais perceptível em relação a mancha. Quando chegou bem perto, vi que a tal mancha era uma mulher, bem velha, vestida de preto e segurava uma vela vermelha na mão. Fiquei super assustado, e passei a procura-la em toda a quermesse, e nada de encontrar a velha. Fui ao banheiro. Estava com um cheiro horrível, parecia que tinha um bicho morto, então sai de lá. Voltei para casa e coloquei as fotos no computador, mas a mancha que na verdade é uma mulher, estava mais próxima da lente do que quando tirei as fotos. Desta vez, pude ver o rosto dela, e me arrependi. Seu maxilar estava solto, mole. Seus olhos eram bem pretos, e escorria sangue, sangue que pingava na vela, e a deixava vermelha. Liguei para dois amigos para eles comprovarem o que eu tinha visto. Desliguei o telefone e apoiei meus cotovelos sobre a mesa do computador. Num momento de distração, olhei para o espelho que fica atrás do monitor, e vi a velha da quermesse na porta do meu quarto, parada, na mesma posição, com os mesmos detalhes. Fiquei apavorado e deitei na cama, me cobrindo completamente. Meus amigos chegaram, mas eu só sai das cobertas quando eles entraram no quarto. Fechei a porta e mostrei as fotos para eles. Ficaram bem assustados também, mas disseram para eu não ficar preocupado, porque seria alguém brincando. Depois contei do que vi no meu quarto, mas não acreditaram, disseram que isso já era de mais, e pediram para eu parar com essa besteira. Acontece que não era besteira, aquilo era real, e eu sabia disso. Chamei minha avó, que antigamente mexia com o paranormal, e ela acreditou em mim, ainda disse que era perigoso. Aquilo me deixou ainda mais apavorado. Minha avó tentou me acalmar dizendo que ia resolver aquilo. A noite, nos sentamos na sala, e ela fez um ritual pouco agradável. Durante esse ritual, eu ouvia gritos, vozes, e até cheiro de sangue eu senti. Minha avó disse que a velha falava com ela, e ela contou a história da quermesse.
A velha trabalhou na quermesse anos atrás, como faxineira. Ela limpava o banheiro masculino quando três jovens bêbados entraram, e espancaram a mulher no banheiro, com pedaços de paus e ferro. Antes de morrer, eles a afogaram no vaso sanitário, bateram seu rosto contra a parede várias vezes, até deformarem seu rosto. Esconderam e velha no armário do banheiro e sumiram com a chave. Acharam ela dois dias depois, mas seu espírito continuou a vagar por toda a quermesse.
Minha avó começou a tremer, e tentava respirar, mas alguma coisa parecia enforca-la. Meu amigo mais velho levou ela a um hospital, e ficou tudo bem.
Fui visitar ela alguns dias depois. Ao entrar no quarto, senti um ar bem pesado. Minha avó mal conversava, só pedia para que eu não entrasse no banheiro. Esperei ela dormir, e entrei no banheiro para ver o que estava acontecendo. A mulher estava no espelho, e quando eu olhei para ela, a vela que ela segurava se apagou. Sai correndo dali, e ao abrir a porta do banheiro, a velha estava ao lado da cama da minha avó. Peguei minha avó sem olhar para o lado, e sai dali no mesmo instante. Ela esta morando com o meu avô em outro estado aqui dos EUA. E até ontem, eu não vi a tal mulher.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Escola assombrada

Meu nome é Sabrina, tenho 16 anos. Moro em uma cidade bem pequena, com aproximadamente cinco mil habitantes. Minha escola tem 400 alunos, e é lá que aconteceu uma das coisas mais assustadoras que já vi. A muitos anos, antes deu nascer, um jovem de 14 anos foi assassinado misteriosamente, e o suspeito não foi descoberto até hoje. Depois da morte dele, a maioria dos alunos começaram a sentir cheiros estranhos no banheiro, alguns desmaiavam quando passavam pelo corredor, e as funcionárias da escola contam que sentem empurrões e cheiro de sangue por toda a escola. A alguns meses, eu e minhas amigas andávamos pela escola na hora do intervalo, quando uma delas decidiu ir ao banheiro, e nós a acompanhamos. Eu e outra amiga ficamos nos olhando no espelho, enquanto Brenda entrava no banheiro. Ela demorava lá, e nós ficamos preocupadas. Abri a porta devagar para ver o que havia acontecido, e vi minha amiga ajoelhada, com a cabeça dentro do vaso sanitário, o corpo mole e muito pálido, principalmente o rosto. Levantei-a, com esperança de que estivesse viva, e de repente ela começou a murmurar umas palavras estranhas em um idioma diferente, o qual não pude identificar. Ela puxava o ar de vez em quando, como se estivesse voltando ao normal. Percebi que ela começou a falar nossa língua, mas ainda possuída. Ela dizia palavras sem sentido, como: Caixão, água, garoa, entre outras que não se encaixavam. Ela amoleceu todo o corpo por alguns instantes e logo começou a sangrar pelo nariz, boca, orelhas e olhos. Passei a mão em sua boca para limpar o sangue, e seus dentes começaram a cair, um por um, até que não restasse nenhum em sua boca. As pontas de suas unhas quebraram, fazendo-as sangrar. Coloquei a mão em sua cabeça e acariciei, tentando acalmá-la (não sabia o que estava acontecendo), e seus cabelos caiam em tufos na minha mão. O banheiro estava lotado de gente, mas ninguém sabia o que fazer, até que a funcionária mais velha da escola entrou. Ela olhou nos olhos da Brenda que estavam sangrando e disse umas frases bíblicas, e segundos depois minha amiga caiu no chão. A levamos para um hospital, mas não pudemos saber o que estava acontecendo. Eu e alguns familiares dela esperamos até a noite para saber. O médico disse que não havia nenhuma explicação para aquilo. Seus ossos da perna estavam remoídos, e seus órgãos tinham um desenho estranho, que pareciam pentagramas, mas que já estavam se curando.
Não fui a escola no dia seguinte. Dois dias depois do ocorrido, voltei a rotina normal. Perguntei a faxineira antiga como ela havia curado Brenda, e ela me contou que a anos atrás, a escola era um centro de concentração, parecido com o de Hitler, mas as pessoas sacrificadas eram crianças, jovens deficientes, mulheres grávidas e animais, tudo para fazer rituais satânicos. Vários padres foram a escola benzer, mas nenhum conseguiu terminar o trabalho, eles saíam com medo, apavorados com as coisas que viam e ouviam.
Eu e muitas pessoas mudamos de escola, minha amiga ficou bem, e nada mais nos atormenta.