sexta-feira, 16 de março de 2012

Escola assombrada

Meu nome é Sabrina, tenho 16 anos. Moro em uma cidade bem pequena, com aproximadamente cinco mil habitantes. Minha escola tem 400 alunos, e é lá que aconteceu uma das coisas mais assustadoras que já vi. A muitos anos, antes deu nascer, um jovem de 14 anos foi assassinado misteriosamente, e o suspeito não foi descoberto até hoje. Depois da morte dele, a maioria dos alunos começaram a sentir cheiros estranhos no banheiro, alguns desmaiavam quando passavam pelo corredor, e as funcionárias da escola contam que sentem empurrões e cheiro de sangue por toda a escola. A alguns meses, eu e minhas amigas andávamos pela escola na hora do intervalo, quando uma delas decidiu ir ao banheiro, e nós a acompanhamos. Eu e outra amiga ficamos nos olhando no espelho, enquanto Brenda entrava no banheiro. Ela demorava lá, e nós ficamos preocupadas. Abri a porta devagar para ver o que havia acontecido, e vi minha amiga ajoelhada, com a cabeça dentro do vaso sanitário, o corpo mole e muito pálido, principalmente o rosto. Levantei-a, com esperança de que estivesse viva, e de repente ela começou a murmurar umas palavras estranhas em um idioma diferente, o qual não pude identificar. Ela puxava o ar de vez em quando, como se estivesse voltando ao normal. Percebi que ela começou a falar nossa língua, mas ainda possuída. Ela dizia palavras sem sentido, como: Caixão, água, garoa, entre outras que não se encaixavam. Ela amoleceu todo o corpo por alguns instantes e logo começou a sangrar pelo nariz, boca, orelhas e olhos. Passei a mão em sua boca para limpar o sangue, e seus dentes começaram a cair, um por um, até que não restasse nenhum em sua boca. As pontas de suas unhas quebraram, fazendo-as sangrar. Coloquei a mão em sua cabeça e acariciei, tentando acalmá-la (não sabia o que estava acontecendo), e seus cabelos caiam em tufos na minha mão. O banheiro estava lotado de gente, mas ninguém sabia o que fazer, até que a funcionária mais velha da escola entrou. Ela olhou nos olhos da Brenda que estavam sangrando e disse umas frases bíblicas, e segundos depois minha amiga caiu no chão. A levamos para um hospital, mas não pudemos saber o que estava acontecendo. Eu e alguns familiares dela esperamos até a noite para saber. O médico disse que não havia nenhuma explicação para aquilo. Seus ossos da perna estavam remoídos, e seus órgãos tinham um desenho estranho, que pareciam pentagramas, mas que já estavam se curando.
Não fui a escola no dia seguinte. Dois dias depois do ocorrido, voltei a rotina normal. Perguntei a faxineira antiga como ela havia curado Brenda, e ela me contou que a anos atrás, a escola era um centro de concentração, parecido com o de Hitler, mas as pessoas sacrificadas eram crianças, jovens deficientes, mulheres grávidas e animais, tudo para fazer rituais satânicos. Vários padres foram a escola benzer, mas nenhum conseguiu terminar o trabalho, eles saíam com medo, apavorados com as coisas que viam e ouviam.
Eu e muitas pessoas mudamos de escola, minha amiga ficou bem, e nada mais nos atormenta.

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