segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Elevador

Antônio voltava do trabalho numa turbulenta sexta-feira a noite. Morava num prédio de 16 andares, e seu apartamento ficava no 8º andar. O edifício tinha o nome de ''Diabolus in Flammas'', era tricentenário, e recebeu esse nome porque a igreja condenou moradores, acusados de fazer o que naquela época era bruxaria.

Antônio chegou na garagem, entrou no elevador trabalhado com madeira rústica e velha, apertou o botão do 8º andar e esperou. Ao chegar no local, percebeu que tudo estava diferente. Tudo parecia escuro e um tanto anormal. Ao longe, ele via sombras passando rapidamente, a toda hora, até que uma delas veio se aproximando vagarosamente, até chegar a 2 metros da porta do elevador.

Quando isso aconteceu, a porta fechou, e o elevador subiu 4 andares e meio até parar. As luzes se apagaram. O ambiente ficou frio. As luzes se acenderam. Um garoto pálido vestindo um terno preto apareceu ao lado do homem. Ele ficou paralisado. O menino sangrava pela cabeça, olhos e pulsos.

Aquela estranha figura foi chegando cada vez mais perto, até que, novamente, tudo ficou escuro. O elevador voltou ao 8º andar. Os corredores continuavam escuros e sombrios, e a sombra da mulher permanecia no mesmo lugar. Quanto mais ela chegava perto da luz do elevador, mais terrível aparentava ser. Seu rosto era rasgado, sua boca era retalhada, e ela andava se contorcendo.

Antônio, desesperado, começou a gritar por socorro, quando o elevador caiu com tudo, parando no 2º andar, quando começou a descer normalmente. Ele saiu correndo, e foi dormir na casa da namorada. Dois dias depois voltou ao prédio e perguntou ao morador mais antigo, o Seu José, de 98 anos mas com a saúde em dia, se o local tinha alguma história. Seu José disse que havia incontáveis histórias, e, segundo ele, todas verdadeiras. Antônio contou o que havia acontecido com ele dias atrás, e na hora o velhinho se lembrou.

Começou a contar que a mais ou menos 100 anos, Uma mulher entrou no elevador com seu filho de 13 anos. Eles subiram até o 8º andar, onde o elevador parou. A mulher desceu, distraída, pensando no casamento lindo que acontecera a pouco, e o garoto ficou. A alguns passos a moça reparou que seu filho não a seguia, e, ao olhar pra trás, o viu desmaiado ainda dentro do elevador. Ela correu, mas a porta fechou antes que ela entrasse. Ele subiu mais 4 andares, quando novamente abriu.

Dois homens aproveitadores de crianças estavam ali (estranha/ruim coincidência, não?), e tentaram abusar do garoto, mas ele acordou, e lutou com todas as forças. Não foi o suficiente. Com uma faca, os homens cortaram seus pulsos, furaram seus olhos e sua cabeça. A mãe, ouvindo os gritos, puxou a porta com muita força, até que abriu. Abriu com tudo. Ela perdeu o equilíbrio e caiu. O elevador praticamente despencou em cima dela, matando-a instantaneamente.

Depois disso, todos que pegam o antigo elevador passam por essa situação.

Um comentário:

  1. já odeio elevadores,com essa história então,não posso mas ver um sobre meus olhos!

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