sexta-feira, 13 de abril de 2012
Espírito em casa
Me chamo Paulo, 27 anos. Fui passar o feriado com três amigos numa casa de praia. Compramos cerveja e deixamos na casa, enquanto passávamos o dia na praia. A noite inventamos de fazer um churrasco, então sai para comprar carne e carvão, enquanto meus amigos preparavam a casa pra receber algumas mulheres. O açougue estava cheio, então demoro bastante, ainda mais porque fica bem distante da casa. Quando saí de casa era por volta de 19:00, e só voltei 20:15, mais ou menos. Estranhei assim que cheguei, porque aparentava estar vazio, mas pensei que fosse alguma brincadeira deles. Ao sair do carro, vi um vulto passando pelo lado direito. Entrei na casa e estava tudo escuro, apenas a TV de um dos quartos estava ligada. Quando estava quase entrando no quarto, um menino de mais ou menos 12 anos socou a porta, para abri-la, e saiu correndo diretamente para a sala. Mesmo com medo eu o segui, estava curioso para ver onde ia dar. A sala estava com um cheiro estranho, de mofo com sangue. Parecia que a casa estava desocupada a muitos anos, mas como poderia se eu estava com meus amigos a uma hora atrás ali? Sai para a varanda e fiquei pensando, até ser interrompido por um grito horrível que vinha, novamente, da sala. Corri para verificar, e dessa vez tinha um corpo de uma criança se retorcendo no chão. Dava perfeitamente para ouvir seus ossos se deslocando, e alguns saiam do corpo. Foi horrível, segurei para não vomitar. Quando ele percebeu minha presença, se levantou bem devagar e começou a vir em minha direção. Corri para o quarto e fiquei escondido no banheiro. Fiquei lá alguns minutos, e sai para ver. Fiquei olhando o quarto pela fechadura da porta do banheiro, mas não acontecia nada. Sentei perto da banheira e fiquei pensando no que ia fazer, no que tinha acontecido, quando de repente uma mão cravou as unhas nas minhas costas e tirou. Quando olhei para trás, lá estava o corpo do menino, dentro da banheira. Corri de novo para a varanda, e para minha surpresa, tudo estava normal. Meus amigos estavam lá, assando carne, bebendo cerveja e rindo. Fiquei muito confuso, mas resolvi não contar para ninguém, pois iam achar que eu estava louco. Em um outro dia, resolvi pesquisar sobre a região, ver se achava alguma coisa sobre aquela casa, alguma história que se encaixasse com o que aconteceu. Achei uma história no site em que alugamos a casa, em um comentário que dizia que a vinte anos atrás, um menino de 12 anos morava com o pai e a madrasta, e sua mãe tinha morrido em um acidente de carro. Seu pai e madrasta o odiavam, e sempre judiavam dele, cortando-o com tesouras, o queimava com colher, água fervendo, até que um dia o menino tentou revidar uma das agressões, e o pai e a madrasta retalharam o menino com cortador de grama, bateram o cortador em seu rosto, e em todo corpo, até quebrar todos os seus ossos, e claro, retalharem seu rosto. Depois disso o esconderam no quarto, debaixo do guarda-roupas, mas ele foi encontrado semanas depois por uma empregada que não aguentava mais o cheiro e resolveu olhar. A possível explicação para meus amigos terem desparecido, é que o menino queria que eu o visse, pois batia muito no meu filho, mas agora aprendi a lição. O pai e madrasta do menino foram presos e mortos na cadeia, mas essa já é uma outra história.
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