terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O demônio da escadaria


Meu nome é Carina, tenho 23 anos e essa história aconteceu quando eu era adolescente. Morava com a minha família numa casa, a qual tínhamos acabado de mudar. Meu quarto e o da minha irmã era no segundo andar, e o do meus pais, no primeiro. Chegamos na nova casa com as malas e as caixas. Eu e minha irmã ficamos encarregadas de levar as nossas coisas para cima. Concordamos claro. Como tinha muita coisa, a mudança foi até tarde da noite, meus pais foram dormir e minha irmã também. Eu era a mais velha, e não gosto de deixar nada para depois. Então eu comecei a organizar tudo o que eles tinham deixado. Terminei a arrumação por volta de 23:00 horas ou 00:00. Percebi que minha irmã tinha deixado uma caixa de brinquedos dela na sala, e resolvi levar. Ao lado da escada, tinha uma abertura que dava para a sala de livros, então, para subir a escadaria, você tinha que olhar para a sala de livros, e a escada ficava a direita de lá. Coloquei a caixa na frente do rosto, para evitar olhar para lá, mas percebi que tinha um pé descalço, no pé da escada, tirei a caixa da frente do rosto, e vi uma garota, que brilhava os olhos e tinha uma cara muito feia, retalhada, como se tivesse sido triturada. Fiquei muito assustada e gritei, correndo para o quarto da minha irmã. Meus pais acordaram com medo, e me perguntaram o que tinha acontecido, então eu contei, e meu pai disse que era coisa da minha imaginação, sendo contrariado pela minha mãe e irmã. Fiquei morrendo de medo daquele lugar. Quando amanheceu, minha mãe procurou um padre, para que pudesse benzer a casa. Ele benzeu os quartos, a cozinha, a sala, e a escada. Fiquei mais tranquila. Na outra noite, fui para a cama bem cedo. Fiquei no meu quarto e minha irmã dormiu comigo. Ela disse que estava com sede, mas eu morria de medo da escada, então disse pra ela descer e pegar ela mesma, ou pedir para o meu pai. Ela disse que também tinha medo da escada, mas eu tentei acalmá-la dizendo que não tinha mais perigo, e então ela foi. Não demorou e ela voltou correndo, gritando muito, dizendo que tinha uma menina muito feia e molhada subindo as escadas. Dormimos no quarto dos meus pais, e no outro dia eu, minha irmã e minha mãe fomos embora daquela casa 07:00 horas, e meu pai ficou encarregado de guardar as coisas nas caixas. Ele estava demorando muito, então meu tio (estavamos na casa dele) foi lá na nossa casa para ver o que tinha acontecido. Horas depois recebemos a notícia de que meu pai avia sido assassinado com uma lasca de lata de tinta. Colocamos a casa a venda, mas ela foi demolida pela imobiliária anos depois, por não ter nenhum interessado.

Venham aqui!


Esta é uma história real, ocorrida em 2006
Meu nome é Lucas, tenho 15 anos, e a história a seguir aconteceu quando eu tinha 9 anos. Meu avô tem uma chácara, lugar que eu vou desde que nasci. E lá é muito legal, mas não é apenas a chácara dele, é um grande bairro rural, não tem asfalto, e nem um pouco de movimento, deve ter em média 15 famílias morando por lá. Quando éramos mais novos, eu e meus primos, Linda, Igor, Romário adorávamos brincar. Era férias, então meu primo Fabii veio de Campo Grande pra cá. Nesse dia, nós resolvemos ‘’explorar’’ as ruas de terra do bairro. Todos estávamos de bicicleta, então começamos a subir e descer aquelas ruas, olhando as casas e a paisagem, que é bem bonita por sinal. Descemos uma ruazinha bem estreita, fomos até no fim dela, e voltamos. Quando nós subimos, passamos em frente ao uma casa de madeira, bem antiga, caindo aos pedaços, e ficamos olhando ela, quando de repente começamos a escutar uma voz que dizia: Venham aqui! Venham aqui! No maior desespero, começamos a pedalar. Minha prima caiu no chão, bem em frente a casa, e não conseguia levantar. Então meu outro primo desceu para ajudá-la. Quando ela se recuperou, e nós olhamos para trás, tinha um homem, com uma espécie de machado, facão, não deu pra ver direito, enfiado na cabeça. Subimos na bicicleta feito locos, e nunca mais nós voltamos lá.

Carona na estrada


Meu nome é Natália, tenho 22 anos e a história que vou relatar aconteceu em 2009. Eu tinha acabado de tirar a minha habilitação, sou de família classe média alta, então logo que fiz 18 anos meus pais me deram um carro. Eu chamava meus amigos pra irem comigo passear, andar, só pra eu poder mostrar meu carro novo. Um dia, um dos meus amigos pediu pra que eu parasse o carro no acostamento. Nós viajávamos para um balneário muito bonito, e passaríamos uma semana lá. Nós paramos o carro, e ele começou a descer uma valeta enorme, e nós estranhamos, mas fomos atrás dele. Lá em baixo tinha um carro, capotado, e eu não sei como meu amigo conseguir ver isso, tava bem escondido dentre os matos. Olhamos para ver se tinha alguém vivo, e vimos uma criança no banco de trás, desacordada, mas viva. No banco da frente tinha uma mulher, mas completamente desfigurada. Sua cabeça tinha sido esmagada entre o banco e o volante, a parte de trás da cabeça estava aberta, e dava para ver os miolos, ou o que restaram deles, e muito sangue, em todo o carro. Nós chamamos a polícia, mas eles estavam demorando muito, então um dos meus amigos, o mais louco, decidiu tirar a criança do carro, para que não causasse nenhum outro problema (se ele acordasse e visse a mãe naquele estado poderia ser muito pior). Então tiramos a criança, e tentamos procurar documentos da mulher, então achamos algumas coisas. Depois disso não demorou muito para a polícia chegar. Deixamos tudo por conta deles, inclusive a criança, claro, e seguimos viajem. Eu não sou muito boa com mapas, então me perdi por umas duas horas, todos estavam ficando irritados comigo. Já era mais de 20:00 horas, e não achávamos a casa onde íamos ficar. Depois de algum tempo, percebemos que nós tínhamos rodado apenas 6 km do local do acidente. Pirei. Todos ficaram muito, muito irritados, então uma amiga minha começou a dirigir, dizendo que ela sabia onde ficava. Já tínhamos passado 2 km do local do acidente, quando vimos uma mulher, normal, vestindo roupas normais, e com duas malas e uma pequena mochila. Como havia 4 pessoas no carro, e eu sou muito solidária e adoro ajudar as pessoas, decidi dar carona para ela. Ela entrou no carro e perguntou para onde nós estávamos indo, então eu disse que era para um balneário perto dali. Ela perguntou se agente poderia voltar um pouquinho só, porque ela precisava ver uma coisa. Então voltamos 2 km, quando ela disse para pararmos o carro. Ela desceu assustada em direção ao barranco, e nós não fomos atrás, com medo do que poderia ser, fosse lá o que ela estivesse fazendo. Então, instantes depois que ela desceu, escutamos um grito muito alto e fino, e em seguida uma voz dizendo: Cadê meu filho. Meu amigo ficou pálido, mais do que todo mundo. Perguntamos o que tinha acontecido, e ele disse que aquela mulher era a mesma da foto do documento que achamos no carro. Voltamos correndo para o carro, e seguimos viajem de volta para casa, e não fomos ao balneário, e também nunca mais vou passar por aquela estrada.

A pousada


Meu nome é Clara, tenho 37 anos, viúva. A três anos atrás, eu estava numa pousada com o meu ex-marido. Estavamos viajando a muito tempo, e ficamos cansados, então decidimos parar e descansar. A pousada era bem pequena, e não tinha ninguém dormindo lá. Pegamos a chave na recepção e fomos para o quarto. Tentamos dormir, mas nenhum dos dois conseguia. Pegamos uns filmes que tinha na recepção pra alugar. Meu marido gostava de filmes de terror, mas eu sempre tive medo. Mas como ele tava muito cansado, decidi deixar ele ver. Começou a assistir um, mas não gostou, então colocou um outro, bem mais pesado. Eu não gosto de ver sangue, então virei e tentei dormir. Me deu vontade de ir ao banheiro, então eu levantei, e não tinha mais ninguém no quarto além de mim, o filme estava ligado, mas não tinha cena, passavam os créditos do filme. Fui ao banheiro tranquila, pensando que ele estava lá fora fumando. Quando eu entrei no banheiro, vi sangue na pia,e vomitei. Sai correndo de lá, procurando por ele. Quando cheguei lá fora não vi ninguém, o nosso carro estava estacionado então fui olhar se ele estava lá, mas nada. Tentei ligar para o celular dele, mas não atendia. Comecei a ficar muito preocupada. Perguntei na recepção se alguém tinha visto ele, e ninguém viu nada. Me desesperei e corri para o quarto de novo. Fiquei sentada ali um pouco, pensando, quando percebi que a janela estava aberta. Olhei através dela, e vi o meu marido boiando de costas pra cima, na piscina da pousada. Corri gritando pra todos irem lá ajudar, e quando tiramos ele da piscina, vi que seus pulsos estavam cortados, e ele estava sem o olho esquerdo. Chorei muito, muito mesmo. No outro dia, quando peguei meu celular para avisar a família, tinham algumas chamadas perdidas da mãe dele. Retornei, e ela atendeu chorando, dizendo que a irmã do meu marido tinha morrido, fiquei chocada e perguntei como, e ela disse que ela cortou os pulsos e morreu. Depois de alguns minutos chorando, ela me perguntou onde eu estava, e eu disse que estava em uma pousada, não tive coragem de contar pra ela no telefone sobre o filho dela, então ela disse: Mas porque você está numa pousada, o seu marido acabou de me ligar dizendo que esta vindo pra cá.

A curva da morte


Esta é uma história real, ocorrida em 2008.
Meu nome é João, tenho 45. Eu viajo muito, fico 2 semanas fora de casa, em média. Há quatro anos, eu estava viajando, e já estava muito longe de casa, e também muito longe do meu destino. De vez em quando, viajo distraído, prestando atenção na estrada, mas pensando em outras coisas. Era bem tarde da noite, e eu viajava pensando na minha família. Meu celular tocou umas três vezes, mas não deu tempo de atender. Tentei ligar novamente, mas tinha caído o sinal, por eu estar bem longe. Logo na frente, vi um velho amigo meu, num canto da estrada. Parei o carro, perguntei o que tinha acontecido, e ele disse que tava indo ver os pais dele, então ofereci carona, e ele, claro, aceitou. Fomos conversando bastante, falando só bobagens. Na estrada onde eu estava, tem uma curva muito grande, que é uma ponte, e quem não tiver cuidado corre o risco de cair. Passei bem devagar por ali, olhando para o lado esquerdo (virado de costas para o meu amigo), quando de repente eu ouvi o barulho da porta do meu carro abrindo, e segundos depois alguém pulando no rio. Desci do carro pra ver o que era, desesperado. Atrás de uma árvore, no final da curva tinha umas luzes acesas, parecia de policia. Corri e fui ver. Tinha uma batida de carro, bem feia, perda total. Perguntei o que tinha acontecido, e ele disse que uma pessoa não tinha conseguido fazer a curva, bateu na árvore. Com a batida, o homem que estava dirigindo atravessou o para-brisas e caiu no rio, mas o corpo já tinha sido resgatado. Pedi pra ver. Era o meu amigo, aquele que veio conversando comigo desde a metade do caminho. Não pude continuar, encostei o carro e dormi ali, deixando pra continuar a viajem apenas no outro dia.

28° andar

Meu nome é Antonio, 23 anos. Todo fim de semana, meus amigos e eu vamos para um apartamento, pra beber, conversar e tudo mais. Esse apartamento fica em um prédio bem antigo, e muito alto, com 30 andares. Nós ficamos no 19° andar. Era dia de jogo, então compramos cerveja e algumas comidas, ficamos lá assistindo. Depois que acabou o jogo, começou uma sessão de filmes, de todos os gêneros. Lá por 02:00 a.m, acabou a cerveja, então eu e mais dois amigos ficamos encarregados de ir comprar. Como eu disse o prédio é bem grande, e tem dois elevadores. Nós entramos pelo elevador esquerdo. Quando nós estávamos no meio, ele deu uma pequena falha, mas voltou ao normal dentro de segundos. Compramos a cerveja e voltamos pelo elevador direito. Apertei o 19° andar, e meus dois amigos viram o andar que eu tinha apertado. Começamos a subir, mas percebemos que já tinha passado do 19° andar. A portar abriu, mas no 28° andar. Era um andar diferente dos outros, bem escuro, um corredor enorme, um cheiro ruim e bem enjoativo. Ouvimos uma voz, pedindo socorro, mas não sabíamos de onde vinha porque estava bem escuro, ficamos um pouco assustados e entramos no elevador. Apertamos o 19° andar. O elevador desceu é o 21°, depois começou a subir, sem ninguém apertar nenhum botão. Voltou para o 28°. A porta se abriu , e as luzes estavam acesas, estava bem claro lá, mas com o mesmo cheiro enjoativo. Corremos para a escada, até o 19° andar. Contamos para todo mundo, mas ninguém deu moral. Depois fomos pesquisar a história do prédio pra ver se tinha acontecido alguma coisa, e achamos um site que dizia ter acontecido um incêndio, a muitos anos, e foi causado por uma vela, deixada debaixo da cortina, no 28° andar. Só sei que depois disso nunca mais passamos um fim de semana lá.

O velho enforcado

Meu nome é Leandro, 14 anos. Eu estava andando com os meus amigos, por uma estrada velha de asfalto que tem na cidade, que é bem movimentada, mas como estamos de férias, quase ninguém fica aqui, porque é muito chato, não tem quase nada para fazer. Mas eu não tive condições de viajar neste ano, então fiquei aqui, junto aos meus amigos. Ficamos andando, conversando, nada de mais. Um deles viu uma casa, que é de um senhor que mora na minha cidade a muitos e muitos anos, acho que ele foi o primeiro morador de lá, e ele é muito ignorante, xinga todo mundo que pisa na calçada dele, ou então se irrita quando alguém fala com ele. Ele mora sozinho, e eu não fico surpreso com isso. Quando o meu amigo viu a casa, a ideia dele foi de jogar pedra para irritar o velho. Todos concordaram, menos eu, porque achei uma bestei tudo isso, mas eu não consegui convencer ninguém. Começaram a tacar pedrinhas pequenas, mas o velho não reclamou. Aumentaram o tamanho das pedras, e nada. O Vitor (o que teve a ideia) pegou um tijolo de uma casa que estava em construção, e tacou. Fez um buraco na madeira velha, mas ninguém saiu de lá. Resolvemos olhar por esse buraco. O Vitor foi o primeiro. Olhou, e não demorou mais de 20 segundos para vomitar. Todos olharam, e ficaram enojados. Fui o último. Era realmente horrível. Ele estava com uma corda no pescoço, pendurado na sala, rodando, com o rosto, braços e pernas retalhados, e uma navalha no chão. Deixamos aquele lugar correndo. Nós achamos que ele pode ter se matado por nossa causa, de tanto irritarmos ele, ele se cansou, e fez o que fez. Outro dia, o Bruno me ligou, e pediu pra eu ir até a casa dele. Quando eu cheguei lá, estavam todos os meus amigos, e nós resolvemos andar pela estrada de novo, era final de tarde. Passamos ao lado da casa do velho, e na volta, ele estava sentado do lado de fora, fumando um cigarro de palha, e olhando pra nós. Saímos de lá correndo, e nunca mais passamos perto daquele lugar.

O espírito de minha avó

Meu nome é Alice, tenho 16 anos e a história a seguir aconteceu a poucas semanas. Eu vim do centro da cidade para passar um tempo no interior, na casa da minha avó. Sempre que posso, eu venho ficar um pouco com ela, porque ela é viúva, e fica sempre muito sozinha. Foi um dia na roça como todos os outros. A noite, nós gostamos de sentar na varanda, e conversar sobre vários assuntos, mas o meu preferido, desde criança, é sobre assombração. Ficamos horas conversando, até que resolvemos ir dormir. O quarto dela é bem pequeno, e as cobertas são de lã, e como eu sou alérgica resolvi dormir num colchão na sala. Fiquei deitada olhando pra cima quando ouvi a porta do quarto da minha avó abrir, então voltei a cabeça normalmente, e vi ela andando com um vela, indo pra cozinha para pegar água, como de costume. Ela passou por mim e deu um sorriso silencioso, iluminado pela vela que estava abaixo do queixo. Mas eu não ouvi a porta da geladeira abrindo. Quando eu olhei pra trás pra ver se tinha alguém, para a minha surpresa, não havia ninguém lá. Fiquei muito assustada e corri para o quarto da minha avó. Estranhei ela não ter acordado, por ela ter o sono muito leve, então eu toquei nela pra ver se ela acordava, e percebi que ela estava muito fria. Coloquei a mão no braço dela, e ela não estava mais com pulso. O espírito dela passou por mim, instante depois da sua morte, justamente para eu ir até o quarto dela e ver o que tinha acontecido. Eu fiquei sozinha naquele sítio, com a minha avó morta do meu lado. Liguei para meus pais, e eles foram me buscar, mas foram momentos muito estranhos, dos quais nunca mais quero vivenciar.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A casa no campo


Meu nome é Maíra, tenho 21 anos. Estava andando pelo centro da cidade, com duas amigas minhas. Sempre saímos juntas, pra comprar roupas, tomar cerveja, ou só passear mesmo. Uma delas tem uma casa no campo, e essa casa fica a 2 horas do centro, e como nós já estávamos por lá, resolvemos passar o fim de semana no campo. Apenas liguei para o meu pai avisando, e ele é bem liberal, então não reclamou. Chegamos lá umas 18:00h. A casa dela é linda, Quatro quartos, duas salas, cozinha enorme, seis banheiros, e em uma das salas, tem uma janela de vidro, bem antiga e grande no comprimento, e essa sala é o primeiro cômodo da casa. Até nós nos acomodarmos, demorou umas duas horas, então deixamos para ir passear apenas no dia seguinte. As televisões dos quartos não estavam funcionando, por causa de uma infiltração nos quartos, que são um do lado do outro. Então, como queríamos ver filmes, ficamos de dormir na sala. Ficamos até muito tarde vendo alguns filmes de romance, quando fomos dormir já era por volta de 02:00a.m . Eu levantei para ir ao banheiro meia hora depois de ter dormido. Quando voltei para o colchão, já tinha perdido o sono, então fiquei olhando a vista da janela de vidro, que dava de frente para o pátio gramado. Comecei a ficar com sono, e ia cochilando de vez em quando. Mas teve uma hora que eu abri um pouquinho o olho, e vi um vulto na janela, fechei o olho, e abri rapidamente, assustada. Tinha uma coisa lá fora que não sei explicar o que era. Grande, aproximadamente uns 2 metros de altura e muito gordo, mas não era um homem, não sei bem o que era. Os olhos eram brilhantes, como os de um gato, ou de uma vaca, quando iluminados a noite. Dei um grito, e minhas amigas acordaram assustadas, perguntando o que eu tinha visto. Eu contei pra elas, e a dona da casa chamou a policia. Eles revistaram a casa, mas não acharam nada, só que a janela da sala estava com marcas de mão, como se estivessem molhadas. No outro dia, dormimos lá de novo, porque pensei que era bobagem da minha cabeça. Então fui acordada por minha outra amiga, gritando e sangrando, dizia que tinha alguma coisa no banheiro, então perguntei como essa coisa era, e ela disse que muito feia, e com o rosto desfigurado, muito gorda e bem alta. Fomos embora no outro dia, e nunca mais colocamos os pés naquela casa. Minha avó diz que era um demônio, e que ela via essa mesma imagem quando eu era criança, e isso me deu mais medo. Mas isso nunca mais aconteceu, até hoje.

A boneca de porcelana


Meu nome é Anderson, tenho 19 anos. Na virada do ano, minha família estava toda reunida, até os meus parentes de fora vieram pra festar com a gente. Nós sempre alugamos uma fazenda bem bonita pra passar o Ano Novo, mas já tinham alugado essa fazenda nessa virada, então procuramos outras, mas nenhuma era boa. Decidi correr atrás sozinho pra fazer uma surpresa pra família. Procurei muito, até que achei uma, bem mais longe do que o normal. Dei uma olhada, e percebi que era bem grande, um espaço legal pra uma festa como essas, porém tinha bastante mato, mas como eles não atrapalhavam o espaço decidi alugar. Todos ficaram muito felizes por isso. Até que chegou o dia, finalmente. No começo tudo normal, mas começou com o problema de que só tinha um banheiro no espaço que aluguei, e o outro era dentro da mata, então decidimos que o que ficava perto da casa era para as mulheres, e o da mata ficou para os homens. Fui umas quatro vezes, e tudo estava normal. Na quinta vez, eu fui por outro caminho, porque tinha uns homens conversando na frente da passagem, então fui pelo lado da mata. Antes de chegar ao banheiro, vi uma coisa branca passando bem na frente da porta, mas pensei que fosse alguém brincando. Então eu entrei no banheiro, e lá não tem luz, só tinha um lampião bem antigo, que achamos na fazenda. O vaso era velho, nem tampa tinha, era somente o vaso sanitário, dentro de um cubículo de 1,50m x 1,50m, mais ou menos. Quando eu acendi o lampião, vi que dentro do vaso tinha uma boneca, daquelas de porcelana. O lampião apagou de repente, e a água começou a descer, como se eu tivesse dado descarga, acontece que não tinha como apertar a descarga, pois não tinha. Resolvi sair correndo dali, mas quando eu me virei pra sair, a coisa branca tava parada na minha frente, mas não dava pra ver o rosto, parecia um lençol, como aqueles de terror antigo. Fechei o olho e pedi a Deus que aquilo saísse dali. Depois de um tempo abri os olhos e não tinha mais nada. No outro dia, quando fomos arrumar a bagunça da festa, tinha muitos copos descartáveis jogados na terra, e estávamos cansados e com preguiça de juntá-los, então resolvi cavar um buraco para enterrar eles. Tinha tirado uns 3 palmos de terra, quando vi a boneca do banheiro enterrada. Taquei fogo nela. Mais tarde perguntei ao dono da fazenda, se ela tinha alguma história, pois eu acredito nessas coisas, e ele disse que as pessoas contam lendas que uma criança era abusada sexualmente pelo avô, com quem morava, e no dia em que ela recusou o abuso, ele a afogou no vaso sanitário. Mas o dono da fazenda não acredita nessas coisas. Nunca mais alugamos aquele lugar.

O canavial assombrado


Esta história é real, ocorrida em 2002.

Meu nome é Cleonice, e esta é a segunda história que vou relatar. Aconteceu no ano de 2002. Eu e meus netos, Igor (8 anos) e Linda (9 anos), fomos dormir na chácara. Meu marido, o dono da chácara, estava viajando. Estava ficando tarde, e nós fomos acender a luz do galinheiro, como meu marido faz todas os finais de tarde. Para chegar até lá, tem que passar do lado de um canavial. Quando nós estávamos indo, no começo do canavial, ouvimos um assovio muito fino e alto, que a cada passo ficava mais forte. Vi que meus netos estavam ficando assustados, então eu disse a eles que o amigo do Antonio(meu marido) é quem estava assoviando. Acendemos a luz, e no caminho de volta, não ouvimos o assovio, mas quando fizemos a curva, ouvimos um assovio bem mais alto do que era, e mais fino, e todo o canavial balançou, de ponta a ponta. Segurei nos braços deles e fomos correndo para a casa.
Depois quando o Antonio chegou, contei pra ele, mas ele não acreditou. Eu penso, até hoje, que foi saci ou caipora, duas lendas envolvendo assovio e canavial.

O aviso da madrugada


Esta é uma história real ocorrida em 1957
Meu nome é Cleonice, tenho 65 anos de idade. Esta história aconteceu quando eu tinha 10 anos. Morava com minha mãe e com o meu pai e meus irmãos (éramos em sete na época). Mas o meu pai viajava muito, então meus irmãos e eu ficávamos em casa com a minha mãe. Minha mãe já era um pouco velha, e estava ficando fraca por ter que cuidar de nós sozinha. No nosso quarto não tinha porta, era apenas uma cortina velha, a única porta que tinha era a da sala, uma velha porta de madeira. Depois de um dia muito agitado e cansativo, nós fomos dormir, por volta de 21:30h. No meio da noite, quando já estavam todos dormindo, eu ouvi 3 batidas na porta da sala, e em seguida ela se abriu. Logo depois ouvi passos de botina passando em frente ao meu quarto, indo pra cozinha. Depois de 30 segundos, ouvi a porta do armário da cozinha abrindo e fechando, e as panelas caindo, então eu me cobri e fiquei em silêncio. O barulho parou e eu esperei alguns minutos para tirar a coberta do rosto. Fiquei olhando para a cortina quieta, até que de repente, vi uma mão agarrando a cortina, e puxando devagar, fiquei muito assustada e me cobri de novo. Depois de mais ou menos dois minutos, ouvi a porta da sala abrir e bater forte. Eu rezei e dormi. No outro dia, fui a primeira a levantar, e logo fui ver a cozinha e a sala. A cozinha estava em ordem, panelas no lugar e armários fechados. A porta da sala estava trancada por dentro. Como estava muito cedo, eu voltei a dormir. Depois acordei com a minha mãe chorando. Perguntei o que tinha acontecido e ela disse que tinha recebido a noticia de que seu irmão(meu tio que gostava muito). tinha morrido durante a madrugada.Então percebi que ele tinha ido me avisar, na hora que morreu.

Assombração da minha tia no Natal


Meu nome é Matheus, 18 anos. Esse fato que vou contar aconteceu no natal de 2010. A minha tia morreu quando eu tinha 10 anos, e ela era muito chata com todo mundo. À muitos anos atrás, se não me engano em 1950 ela fugiu quando esfaqueou uma criança. No jantar da véspera de natal de 2010, estava toda a família reunida. Minha mãe, meu pai, meus tios, meus avós, meus primos, meus irmãos, enfim, todo mundo. Como todos sabem o jantar servido depois da 00:00h. Então nós nos abraçamos, desejamos feliz natal e fomos comer. Minha família é muito grande, e minha mãe não tinha pegado pratos e talheres pra todo mundo, por isso ela me pediu pra ir buscar na cozinha. A minha tia que morreu, adorava colecionar pratos antigos, da época da bisavó dela. Os pratos da minha mãe fica na mesma estante, já que os pratos são bem bonitos, então ela resolveu guardá-los lá. Os pratos antigos ficam em cima dos nossos, e a madeira da estante é bem velha, e na hora que eu fui tirar os pratos novos, os antigos caíram, mas só dois quebraram, um deles era o principal da coleção. Fiquei muito nervoso, mas a minha mãe não liga muito pra eles então, só recolhi os cacos e joguei no lixo. Droga. Tinha esquecido os copos, claro que voltei pra pegar. Quando eu voltei os cacos estavam no chão, no lugar em que eles quebraram. Peguei os copos e levei na mesa, mas voltei para recolher novamente. Juntei e joguei todos os cacos no lixo, quando percebi um barulho no quarto da minha mãe. Entrei para ver o que era, e não vi absolutamente nada. Voltei novamente pra cozinha e os cacos estavam lá, tudo de novo. Comecei a ficar muito assustado, e quando isso acontece, eu não consigo gritar, nem correr. Então fiquei ali paralisado, tremendo de medo. Senti um sopro no meu pescoço, e minha reação, não sei como, foi olhar imediatamente pra trás. Minha tia estava lá, com uma cara de brava, por eu ter quebrado os seus pratos. De repente, eu senti uma dor muito forte, e cai no chão, e ela riu de uma forma bem sínica, como se estivesse rindo da minha cara. As panelas caíram e a porta do armáio em cima da geladeira caiu. Minha mãe foi correndo na cozinha pra ver o que era, mas não viu nada além de cacos de vidro em cima de mim. Ela me perguntou o que tinha acontecido, e eu contei tudo. Claro que ela achou estranho, nem sei se acreditou, mas ano passado, nós filmamos a nossa ceia de natal, e meu tio estava lavando a louça, e atrás dele apareceu um vulto, parado, aparentemente olhando para a câmera. Algum tempo se passou. Ontem minha mãe acordou brava comigo, perguntando porque eu tinha deixado cacos de vidro na cama dela.

O vulto no corredor



Meu nome é Mariana, e tenho16 anos. À dois anos, eu e meu namorado Michel, andávamos no meio da rua. Era inverno e aqui no Sul é tri gelado, muito mais do que nos outros estados. A gente tinha ido ao mercado comprar as coisas pra minha mãe fazer um bolo pra nós. Ele ia pousar na minha casa, e tava com vontade de comer bolo, e eu também. Então nós voltávamos conversando, abraçados. Não lembro bem qual era o assunto, mas era alguma coisa relacionada com comida..hehe. Daí eu senti a mão dele(eu achava que era), subindo no meu ombro, mas eu olhei pra outra mão dele, e ele estava segurando as sacolas, e a mão esquerda estava envolvendo meu pescoço. Resolvi deixar de lado, e não contei nada pra ele. De madrugada, ele acordou querendo mais um pedaço de bolo, e como era a primeira vez dele lá em casa, ficou envergonhado de ir lá buscar. Então eu fui, peguei o bolo, refrigerante e garfos pra nós. Quando eu virei de novo, vi muito rapidamente um vulto passando da cozinha pra sala. Fui correndo pro meu quarto e perguntei se ele tinha ido na cozinha, e ele achou estranho aquela pergunta, mas disse que não. Eu fiquei pensando naquilo, mas deixei passar. Depois que comemos, eu fui ao banheiro, pra finalmente irmos dormir, quando eu sai do meu quarto pra entrar no banheiro, de novo, um vulto saiu rapidamente de lá. Voltei pro meu quarto gritando. Minha mãe levantou e foi ver o que tinha acontecido, então contei a história para os dois, mas minha mãe não acreditou. Meu namorado acreditou em mim, e foi até o banheiro comigo, mas ele ficou olhando pra fora, e a porta estava aberta, porque estávamos com medo. Voltamos pra cama e finalmente dormimos. No outro dia, os garfos que eu tinha deixado na estante do meu quarto, estavam no eu travesseiros, e um dos pratos estava quebrado, e os cacos estavam no travesseiro dele. Depois desse dia, passei a dormir num colchão no quarto da minha mãe, e meu namorado disse que ficou com medo de dormir na minha casa, mas continuamos namorando até hoje.

O homem do corredor


Me chamo Angélica, 26 anos, mãe solteira, meu filho tem 7 anos. Meu ex-marido se mudou para a Austrália depois de 3 anos que meu filho nasceu, sem nenhum motivo, sem dar explicações, apenas fugiu. Bom mais isso é passado, to muito bem sem ele, e o que vim contar aconteceu a 3 meses. Nos mudamos da nossa antiga casa, que era em um bairro pouco movimentado, e viemos pra um lugar com bastante movimento, como eu gosto, e meu filho também. Depois de uma semana que mudei pra cá, meu filho começou a ficar diferente. Ele sempre conversa bastante, é muito tagarela. Mas ficou quieto, meio triste, e eu achei muito estranho, e até achei que fosse por causa da mudança, mas não podia ser, ele mesmo reclamava daquele lugar que morávamos antes. Então perguntei o que havia com ele, e a resposta me arrepiou todo o corpo. Ele disse que tinha um homem no quarto dele, que não deixava ele dormir, e eu sempre tive medo de coisas sobrenaturais. Fiquei muito assustada com aquilo, mas para tranquilizar ele, eu disse que não tinha nada, era fruto da sua imaginação. Uma noite, nós estávamos sentados no sofá, assistindo televisão, e já era bem tarde, e como ele acorda cedo pra ir para a escola, pedi pra ele ir dormir. Ele reclamou mas foi. Quando ele abriu a porta do quarto, veio correndo e pulou no meu colo, tampando o rosto. Perguntei o que tinha acontecido, e ele disse que tinha um homem no corredor. Olhei pra ver se tinha alguém, e eu vi uma sombra no corredor. Peguei ele pelo braço, entramos no carro, e fui correndo pra casa da minha mãe. Foi difícil explicar pra ela, mas consegui convencer ela. No outro dia, ela foi na minha casa, e olhou por todos os cantos, e disse que no quarto do me filho e no corredor, tinha um ar mais pesado, uma energia diferente. Eu morro de medo dessas coisas, então quando amanheceu o dia, fui na minha casa com a minha mãe, meu pai e meus dois irmãos, pra pegar minhas coisas, e nós nos mudamos para a casa da minha mãe por um tempo. Já estamos procurando uma nova casa, mas se acontecer de novo, vou me mudar, quantas vezes for necessário.

O velho da estrada


Meu nome é Jonathan, tenho 14 anos. O relato que vou contar aconteceu ano retrasado, comigo e com o meu amigo César. A gente tem a mesma idade, estudamos na mesma sala, e nossa escola é bem perto de casa, 4 quadras, então agente sempre vai a pé pra lá. Eu acordo 6:00h, me arrumo e espero ele na esquina 6:40h. Nessa hora não tem ninguém na rua, porque todo mundo pega o asfalto pra ir pra escola, mas é muito carro, muita gente passando, então eu e ele vamos por uma estradinha de chão, do lado da casa dele, que é na quadra de baixo da minha. Em uma quarta –feira, eu acho, nós estávamos indo pra escola, e tipo, ainda faltavam 2 quadras pra chegar, mas as quadras das estradas de terra, são bem maiores, então, faltava mais ou menos 2 ou 3 km. Mas passa rápido, porque nós vamos conversando e tal. Estávamos na metade do caminho, quando percebemos um velho, bem lá na frente, sentado num banquinho do lado da estrada que quase não tem marca de pneu. Meu amigo parou do nada, e pediu pra gente voltar, antes que velho levantasse e viesse em nossa direção. Eu estranhei muito, e perguntei porque, mas ele não respondia direito, então ele falou: Agora deixa quieto. E quando eu olhei pra frente de novo, o velho tava em pé, e andando em direção a gente. Eu fiquei parado só olhando, mas tava começando a me dar medo. Demorou uns 2 minutos praquele senhor chegar até nós. Ele ficou encarando meu amigo, com um cachimbo na boca,e depois tirou o cachimbo e olhou pra mim por 1 minuto. Eu não disse nada, nem fiz nenhuma pergunta. Ele se afastou uns 3 passos de nós, e tossiu 3 vezes, virou as costas e foi andando em direção ao banco que ele estava, que fica atrás de uma árvore. Quando ele estava sentado, só dava pra ver as pernas dele. Então ele chegou ao lado do banco, mas não sentou, pareceu que ele estava escondido atrás da árvore. Daí eu falei pro meu amigo: ou, vamos, ele já saiu. E começamos a andar, então, quando a gente passou na frente da árvore que ele supostamente estava escondido, vimos que não tinha ninguém lá, até olhamos em volta, mas não tinha ninguém. Depois, quando chegamos na escola, perguntei pro César como ele sabia sobre o velho, e ele disse que a mãe dele já tinha falado sobre o velho que morreu esfaqueado em um banco, naquela ruazinha de terra. Quando ele disse isso, tossimos 3 vezes cada um, juntinhos. Olhamos assustados um pro outro, e prometemos que nunca mais falaríamos disso, nem contaríamos pra ninguém. A partir desse dia começamos a ir para a escola pelo asfalto.

A mata do pavor


Meu nome é Michelle, tenho 17 anos. O que vou contar agora aconteceu em 2008, quando eu tinha 13 anos. Eu estava andando na rua com a minha amiga Jéssica.
Nossa cidade é bem movimentada, mas agente mora em um bairro muito parado, porque não tem saída nesse bairro, então quase ninguém passa por lá. Tem uma mata bem grande que passa atrás da minha casa e da Jéssica (somos vizinhas). É bem bonita, árvores enormes, tem até um riachinho, mas é mais pro meio da mata. Nós gostávamos de brincar de bola com os meninos, porque nós éramos as únicas meninas do bairro, o resto eram apenas garotos. Então quando nós não estávamos brincando de bonecas, a gente jogava bola, pulava amarelinha, brincava de pega-pega, esconde-esconde, essas coisas. Um dia, todo mundo foi brincar de esconde-esconde, eu, ela e os meninos.Era umas 23:00h. O Lucas começou contando, e como eu e a Jéssica éramos grudadas, resolvemos nos esconder juntas, no meio da mata, perto do riacho. Nunca tivemos medo do escuro. Tudo bem até ai. Entramos bem pro meio mesmo, pra ninguém nos achar. Lá dentro, a gente escutava passos, como se estivesse arrastando o pé nas folhas, e claro, pensamos que era o Lucas procurando a gente. Mas nada dele nos pegar. Então, toda hora aquele barulho aparecia, e ficava cada vez mais perto. Então eu resolvi sair do nosso esconderijo, pra ver se tinha alguém procurando a gente. Quando eu levantei a cabeça, o nosso outro amigo, Caio, tava deitado no chão. Eu estranhei aquilo e fui lá ver. Quando eu encostei nele, percebi que sua barriga tava cheia de sangue, e eu gritei bem alto, e tudo mundo foi lá ver. Eu levantei a camisa dele, e tinha um corte bem fundo na barriga, e eu pedi para os outros meninos irem buscar ajuda. Mas a minha amiga não tinha saído do esconderijo, nem quando eu gritei. Então eu arrastei o Caio até o nosso esconderijo, porque eu tava morrendo de medo, e quando cheguei lá, a Jéssica não estava mais. Aquilo me deu um desespero muito grande. De repente eu senti tipo uma pedra na minha cabeça, e quando olhei pra cima, a Jéssica tava em cima da árvore, mas bem lá em cima mesmo, daí eu pedi pra ela descer, e ela disse que não conseguia. Depois de uns 5 minutos minha mãe, meu pai, a mãe da Jé, todos chegaram lá correndo muito assustados. O Caio foi pro hospital e ficou tudo bem. A ferida dele foi feita por um galho de árvore, e ele só se lembra de um bicho bem feio depois de apagar. Minha amiga também disse que foi muito rápido, ela viu uns olhos brilhando, e quando se deu conta já estava em cima da árvore. Nunca mais voltamos lá sem um adulto.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Possessão Demoníaca

Os nomes, fatos e idades a seguir são fictícios.

Me chamo Igor, tenho 15 anos e este fato ocorreu no ano de 2010. Eu, Adriana, Matheus e Mariana andamos 5km de casa até a lanchonete. Era bem tarde, aproximadamente 01:00 a.m e esta lanchonete fica aberta 24 horas, por ser em uma cidade bem pacata do estado, nunca ouvimos falar de nenhuma ocorrência como assaltos, mortes ou até mesmo coisas sobrenaturais, até este dia.
Ficamos ali comendo até 02:00 a.m, mas depois de comer ficamos conversando um bom tempo sobre possessão demoníaca. Saímos de lá já passava das 03:00 a.m. Pegamos uma pequena estrada de chão, um atalho muito bom quando se está com muita pressa, porém, não era tão curto assim, levava de 10 a 15 minutos a pé. Fomos por aquele caminho conversando sobre várias coisas, mas evitamos falar sobre satanismo para evitar o medo naquela estreita passagem, cercada de árvores enormes. Já tinhamos andado uns 5 minutos, quando Adriana começou a ficar diferente. Seu passo ficou mais lento, e ela ficou absolutamente calada, o que é relativamente estranho, já que ela não parava de falar. Então eu perguntei: - O que foi? e ela apenas disse: -Não toque mais em mim!
Fiquei muito assustado, mas todos estavamos rindo dela, porque achamos que ela estava brincando, já que alguns minutos atrás estavamos falando sobre isso, então pensamos que ela estava tentando assustar a gente. Então nós fomos andando e ela ficando pra trás, quando olhamos, ela estava muito, mas muito pra trás, e então voltamos para ver o que tinha acontecido. Quando chegamos bem perto, ela gritou muito alto com uma voz arrepiante, não era dela, era uma voz masculina, muito grossa e seca. E então ela caiu no chão e se contorceu, de modo que sua cabeça tocou a ponta de seus pés. Seus ossos estralavam muito, e sua cabeça mexia de uma forma impossível.
Pedi para o Matheus ir chamar ajuda, mas ele disse que não conseguia se mexer, estava paralisado de tanto medo. Então a Mariana foi, mas voltou sozinha, porque não tinha ninguém por perto. Como eu sempre ando com um terço no bolso, eu coloquei no peito dela, e pedi que todos gritassem e rezassem para que o demônio sai-se do corpo dela. Mas de nada adiantou. Ela levantou e começou a arranhar a arvore co as unhas, e em seguida sentou no chão e começou a comer formigas. Aquilo tava ficando cada vez mais desesperador. De repente, ela disse, por favor Igor, ta doendo muito, tira isso de mim. Então eu percebi que o demônio se acalmava por alguns instantes, mas logo voltava. Eu tive a ideia de rezar com a Adriana enquanto ela era a verdadeira. Então, quando o demônio saia, eu segurava a mão dela com o terço na minha mão, e nós rezavamos. Até que depois de uma hora e meia ela voltou ao normal. No outro dia perguntei se ela se lembrava de alguma coisa, e ela disse que não, apenas que suas costas e seu pescoço estava doendo muito, e ela não entendia o porque. Mas resolvi não contar pra ela, pra que isso não causasse problemas. Agora tudo está normal de novo, isso nunca mais aconteceu, mas nós também nunca mais passamos por aquela estrada, depois que descobrimos que aquela estrada foi um centro de satanistas, a muitos anos atrás.