segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A boneca de porcelana


Meu nome é Anderson, tenho 19 anos. Na virada do ano, minha família estava toda reunida, até os meus parentes de fora vieram pra festar com a gente. Nós sempre alugamos uma fazenda bem bonita pra passar o Ano Novo, mas já tinham alugado essa fazenda nessa virada, então procuramos outras, mas nenhuma era boa. Decidi correr atrás sozinho pra fazer uma surpresa pra família. Procurei muito, até que achei uma, bem mais longe do que o normal. Dei uma olhada, e percebi que era bem grande, um espaço legal pra uma festa como essas, porém tinha bastante mato, mas como eles não atrapalhavam o espaço decidi alugar. Todos ficaram muito felizes por isso. Até que chegou o dia, finalmente. No começo tudo normal, mas começou com o problema de que só tinha um banheiro no espaço que aluguei, e o outro era dentro da mata, então decidimos que o que ficava perto da casa era para as mulheres, e o da mata ficou para os homens. Fui umas quatro vezes, e tudo estava normal. Na quinta vez, eu fui por outro caminho, porque tinha uns homens conversando na frente da passagem, então fui pelo lado da mata. Antes de chegar ao banheiro, vi uma coisa branca passando bem na frente da porta, mas pensei que fosse alguém brincando. Então eu entrei no banheiro, e lá não tem luz, só tinha um lampião bem antigo, que achamos na fazenda. O vaso era velho, nem tampa tinha, era somente o vaso sanitário, dentro de um cubículo de 1,50m x 1,50m, mais ou menos. Quando eu acendi o lampião, vi que dentro do vaso tinha uma boneca, daquelas de porcelana. O lampião apagou de repente, e a água começou a descer, como se eu tivesse dado descarga, acontece que não tinha como apertar a descarga, pois não tinha. Resolvi sair correndo dali, mas quando eu me virei pra sair, a coisa branca tava parada na minha frente, mas não dava pra ver o rosto, parecia um lençol, como aqueles de terror antigo. Fechei o olho e pedi a Deus que aquilo saísse dali. Depois de um tempo abri os olhos e não tinha mais nada. No outro dia, quando fomos arrumar a bagunça da festa, tinha muitos copos descartáveis jogados na terra, e estávamos cansados e com preguiça de juntá-los, então resolvi cavar um buraco para enterrar eles. Tinha tirado uns 3 palmos de terra, quando vi a boneca do banheiro enterrada. Taquei fogo nela. Mais tarde perguntei ao dono da fazenda, se ela tinha alguma história, pois eu acredito nessas coisas, e ele disse que as pessoas contam lendas que uma criança era abusada sexualmente pelo avô, com quem morava, e no dia em que ela recusou o abuso, ele a afogou no vaso sanitário. Mas o dono da fazenda não acredita nessas coisas. Nunca mais alugamos aquele lugar.

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