terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Morte na ponte
Meu nome é Clara, tenho 26 anos. Moro em uma pequena cidade do interior, na qual só se chega atravessando uma ponte, e tem que ser a pé. Essa ponte é bem estreita, aproximadamente 2,5 m e largura, e em baixo passa um córrego um tanto pequeno, porém com uma correnteza bastante forte, e essa ponte também é palco de algumas lendas as quais escuto desde bem pequena. Bem, um certo dia eu fui ao mercado, que fica a duas quadras depois da ponte, e no mercado encontrei três amigas que me convidaram para tomar cerveja em um barzinho próximo ao local. Ficamos lá por algumas horas, e só voltamos para casa ao anoitecer. Elas me deixaram na frente do mercado, para que eu pudesse seguir a pé até a minha casa. Não tinha dado nem cinco passos quando o ar começou a ficar um pouco mais frio, e ia oscilando a cada instante, mas nunca ficava quente. Achei bem normal, já que na minha cidade a temperatura não é nem um pouco previsível, quase sempre contrariando a meteorologia passada pela televisão. A poucos passos da ponte, vi a sombra de uma mulher, que estava parada olhando a água correr o seu curso natural. Fui me aproximando, e pude perceber seu rosto bem pálido, e ela estava usando uma roupa branca, um vestido logo muito bonito. Decidi passar pelo outro lado da ponte, mas não faria tanta diferença, já que era muito estreita. Cheguei bem perto, e senti meus dedos congelarem, e uma ventania muito forte passar pela ponte. Fiquei mais assustada quando vi aquela mulher vindo em minha direção. Ela parou na minha frente, e sorriu, mas estava com lágrimas de sangue nos olhos. Ela perguntou onde eu tinha escondido o filho dela, e eu claro fiquei calada. Ela começou a ficar irritada, e de repente perdeu o ar. Tentava puxar o ultimo fôlego do pulmão, que não vinha, e então ela gritou, e em seguida quebrou o seu próprio pescoço, caindo da ponte de cabeça nas pedras. Olhei para cima desesperada, e ao retornar o olhar para a água, não vi mais nada nem ninguém. Cheguei em casa com medo, e tentei lembrar de alguma lenda que poderia se encaixar com o ocorrido. Lembrei da história da mulher que fugiu de casa porque estava grávida, e não queria que ninguém soubesse, principalmente seu marido, por um motivo bastante óbvio: ela deu a luz a um bebe em cima da ponte, porém o bebê não era de seu marido. Então ela jogou a criança no córrego, mas se arrepende muito, e então se matou, pulando da ponte em cima das pedras. Mas isso já passou, agora tento evitar o máximo aquela ponte, e quando preciso mesmo usa-la, aproveito a luz do dia. Tudo está bem agora, exceto por eu acordar com o choro de um bebê toda manhã.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Garoto no milharal
Meu nome é André, tenho 16 anos. Passei todas as minhas férias no sítio, no qual aconteceram coisas estranhas comigo e com os meus primos. Faltavam 4 dias para o fim das férias, quando nós começamos a acampar perto de uma mata que tem no local. No segundo dia as coisas ficaram diferentes. Estavam todos lá, em volta de uma fogueira, fazendo milho assado, até que acabou o milho, e me pediram para ir buscar. O milharal fica bem próximo, menos de 20 metros, então eu fui sem me preocupar. No começo não tinha muito milho bom para o consumo, então eu entrei mais pra dentro do milharal, o problema é que estava escuro e eu quase não conseguia enxergar. Fui pegando qualquer um que eu sentia, e colocava dentro da cesta. Já estava quase cheia, quando fui pegar os últimos milhos, mas na hora em que eu agarrei o pé, senti apertar uma mão de criança. Fiquei assustado, mas pensei que fosse só impressão minha. Voltei com a cesta, e quando estava próximo de chegar na saída da plantação, alguma coisa parou na minha frente, e ficou olhando para mim, mas eu não conseguia ver o que era. Aquilo vinha se aproximando cada vez mais, então eu deitei na terra e me cobri com a cesta, deixando todos os milhos caírem. Tentei gritar, mas minha voz não saía. As coisas já haviam se acalmado, então resolvi sair daquele lugar o quanto antes. Quando tirei a cesta do rosto, vi um garoto todo ensanguentado, com os dedos mutilados e a barriga aberta, com os órgãos aparecendo. Gritei bem alto, e dessa vez saiu além do que eu imaginava, e todos correram assustados para ver, mas já não havia ninguém ali. Eu não quis continuar ali, então convenci meus primos que seria melhor não continuarmos acampando. No outro dia voltamos lá para tentar achar alguma coisa, mas não tinha nada além da cesta cheia de milhos e com muito sangue sobre ele. Perguntei aos meus avós se eles sabiam de algo, e minha avó disse que antes do sítio ser comprado, uma criança morreu no milharal. Ela tentava fugir do seu pai, e foi atingida pelo mesmo com um tiro na cabeça. Não contei para meus avós o que eu tinha visto, só perguntei e fui embora no mesmo dia, deixando-os curiosos. Eu ainda volta lá de vez em quando, mas nunca mais acampamos em nenhum lugar daquele sítio.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Fantasma na fazenda
Meu nome é Laura, tenho 13 anos. Todo fim de semana eu vou para a fazenda da minha avó, que mora com mais duas tias. A duas semanas, eu resolvi levar uma amiga para ir dormir lá comigo, já que é um lugar enorme e tem muitas coisas pra fazer. Passamos uma tarde inteira brincando, tirando leite, pegando ovos, lavando os cavalos, cortando a grama, fizemos pães, bolos, tortas e geleia. Um dia maravilhoso. Minha avó e minhas tias vão dormir sempre 21:00h, mas como eu tinha levado uma amiga elas deixaram que nós ficássemos até mais tarde assistindo TV, ou brincando ali na sala, mas claro que eu não ia me conter de ficar só na sala, então chamei minha amiga pra ficar conversando na área. Passei um café, peguei algumas bolachas e ficamos ali um bom tempo. De repente o cachorro começou a latir para o nada, mas nós deixamos de lado, já que esses cães de sítio latem por qualquer bobagem, e continuamos lá. Ficamos contemplando as estrelas, quando vimos uma garota toda de branco sair da escuridão. Ela andava muito lentamente em nossa direção. Seus cabelos voavam ao vento, mas não dava para ver o seu rosto. Seu vestido branco de mangas longas mexia muito, e nós podíamos ouvir um cantarolar bem baixo. Seu passo lento começava a acelerar, e o vento ficava mais forte. Ficamos com medo e entramos, apagamos as luzes e deitamos no mesmo colchão. Mudamos de assunto para tentar esquecer aquilo tudo, e depois de alguns minutos ficamos apenas deitadas assistindo televisão. Meia hora depois mais ou menos, ouvimos batidas nas janelas e na porta. O som ia e vinha, a todo instante. Levantei para verificar se a porta e as janelas estavam devidamente trancadas, e minha amiga atrás de mim. Ao olhar pelo vidro da porta, vimos a garota de branco parada, olhando pra gente. Da sua boca escorria sangue, e faltavam vários dentes na boca dela, pude perceber enquanto ela cantava uma música grotesca. Não conseguia ver seus olhos, parecia que ela não tinha, e que eram apenas dois buracos negros de dar medo, e ela tinha uma forte marca vermelha no pescoço. De repente ela começou a gritar e a bater na porta, querendo entrar. Tranquei mais uma vez a porta e corri para chamar minha avó, mas quando fomos ver de novo não havia mais nada lá. Quando amanheceu fomos ver o lugar de onde a menina tinha saído, e achamos uma corda toda ensanguentada, mas o sangue estava seco, como se estivesse ali a muito tempo. Perguntei pra minha avó se ela sabia de alguma história da fazenda, e ela disse que tinha uma lenda que dizia que naquele lugar, muito antigamente, os padres enforcavam as crianças que estavam possuídas, e que já não tinham chances de cura. Mas ela não acreditava naquelas histórias, já que ela nunca tinha visto nada. Só sei que não voltei mais na fazenda, e agora eu passo o fim de semana na casa da minha amiga, e nós sempre falamos sobre o assunto.
A criatura do hotel
Meu nome é Joaquim, tenho 23 anos. Ano passado eu e mais dois amigos decidimos viajar no carnaval, já que nenhum de nós gosta e a nossa cidade fica lotada nessa época do ano. Nós fomos pra bem longe, em um hotel que fica no meio das montanhas, um lugar bem bonito. Durante o dia ficamos na varanda conversando e bebendo, e quando a noite chegou entramos pro quarto, pois já estava ficando frio lá fora, mas continuamos a conversar e beber lá dentro. Por volta de 01:00h nós resolvemos dormir. Eu tenho um problema para dormir fora de casa, então quando todos já haviam dormido eu sai e fiquei sentado na varanda olhando o céu. De repente comecei a ouvir o mato se mexer, mas nem dei moral, pois poderia ser um gato ou qualquer outro animal. Depois de alguns segundos, a cadeira que estava próxima a mim arrastou-se para trás. Nessa hora eu já estava ficando preocupado, mas continuei ali parado como se não estivesse vendo nada daquilo. Minutos mais tarde, vi algo correndo em volta da casa. Ouvia passos fortes, via uma sombra grande se mexer o tempo todo. Corri para o quarto para contar pros meus amigos, mas só um estava lá. Perguntei se ele sabia onde o João estava, mas a resposta era não. Procuramos por todo o hotel, até que o achamos caído no chão, com o braço todo cortado. Perguntamos o que havia acontecido, mas ele só se lembra de ter acordado ali, e logo depois viu uma coisa grande e preta pular no meio do mato. Resolvi que ia descobrir o que era aquilo, e fui apoiado pelos meus amigos. Ficamos na varanda esperando aquilo chegar, e de repente começamos a levar pedradas, mas não iria sair dali de jeito nenhum, então coloquei a cadeira na frente, e fiquei observando por uma pequena brecha. O apedrejamento parou, e surgiu do meio da escuridão uma criatura horrível. Seu rosto era completamente desfigurado, como se estivesse sido queimado, o seu corpo era fino, suas mãos grandes e sem unhas, e os pés virados para o lado. Aquela coisa vinha se aproximando cada vez mais e todos morrendo de medo. Quando o bicho pisou na varanda, ouvimos um homem dizer umas palavras horríveis, coisa de satanista, e logo em seguida o bicho gritava alto, com uma voz de arrepiar, e se contorcia, até que não aguentou e saiu pulando no mato e sumiu. Pegamos nossas coisas e saímos dali na mesma hora, e nunca mais retornamos lá. Mas isso não quer dizer que a criatura não venha nos visitar.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
O velho da fazenda
Meu nome é Júlio, tenho 17 anos. Meses atrás eu e meus amigos combinamos de passar o fim de semana em uma fazenda que tem no bairro vizinho. O dono da fazenda é bem estranho. Um velho mal encarado, andando de bengala pra lá e pra cá naquele lugar, e na maior arte do tempo ele fica sentado numa cadeira de balanço que fica na varanda. Sempre que alguém aluga a fazenda para fazer festa, ele fica dormindo numa espécie de celeiro, que fica ali mesmo na fazenda, mas bem para o fundo. Tudo estava pronto para a festa. Nossos amigos estavam todos lá, bebendo, dançando, cantando, todos estavam se divertindo. Mais tarde eu fiquei apertado para ir ao banheiro, mas a fila era grande, então decidi fazer lá fora. Quando abaixei o zíper, e olhei para frente, lá estava o velho, parado ao lado da porta do celeiro, apoiado na bengala e me olhando muito bravo. Fiquei assustado então entrei na casa novamente. O freezer no qual ficava as bebidas estava para o lado de fora, então eu fui pegar uma bebida. Olhei para todos os lados, para ver se o velho estava lá, mas não vi nada. Ao fechar o freezer, vi o velho em pé, apoiado na bengala, mas desta vez ele estava bem mais perto. Entrei mais assustado ainda. Já era bem tarde, e eu estava bem cansado, então fui lá fora sentar nas cadeiras, e já nem lembrava mais daquele homem. Fiquei sentado ali numa das duas cadeiras, com os olhos fechados, e uma revista sobre o rosto. Dormi alguns minutos, quando fui acordado pela revista que caiu no chão. Quando eu abri o olho, lá estava o velho, sentado na cadeira de balanço de frente para mim, me olhando com raiva e resmungando baixo. Corri pra dentro e chamei dois amigos meus. Contei que o dono da fazenda estava lá fora bravo por algum motivo, e eles riram da minha cara, dizendo que o dono da fazenda já havia morrido a mais de cinco anos, e quem cuidava da fazenda agora era sua esposa. No outro dia, quando fomos arrumar parte da bagunça, eu, muito curioso, decidi perguntar a mulher como o velho tinha morrido, e ela disse que a anos atrás, um grupo de amigos alugou a fazenda. Já estavam todos bêbados, quando aquele senhor foi pedir para eles pararem a música, então ficaram irritados e mataram ele a pauladas. Eu não entendi porque o velho apareceu justamente para mim, mas fiquei tranquilo, e depois disso nunca mais aluguei a fazenda. De tempo em tempo, quando passo em frente a fazenda, ouço gritos de alguém sofrendo, e quando olho vejo apenas aquele homem andando pra lá e pra cá.
Carona do medo
Meu nome é Helena, tenho 22 anos. A poucas semanas, estava viajando para uma outra cidade com a minha filha. Íamos visitar a minha mãe que mora na divisa, e que já estava bem debilitada. Saímos de casa por volta de 20:00h, para chegar lá antes da meia noite, horário que ela chega da clínica de tratamento especialmente para a doença dela. Estava já bem longe de casa, quando uma mulher pediu carona, e eu atendi. Ela entrou, perguntei o seu nome, e depois começamos a conversar sobre vários assuntos, coisas de mulher, quando no meio de uma conversa ela tocou no assunto morte. Achei estranho ela ficar fazendo perguntas sobre isso, perguntando como deve ser quando você morre, de qual forma eu gostaria de morrer e coisas do tipo. Pedi para que ela parasse com aquilo, pois a minha filha é uma criança e poderia ficar assustada. Quando eu disse isso a mulher se irritou, e começou a fica agressiva, a bater no banco de trás com muita força. Eu estava desesperada e ordenei que ela parasse e descesse do carro. Tudo ficou em silêncio. Quando olhei para trás a mulher estava toda ensanguentada, deitada no banco cutucando as fundas feridas da perna e murmurando alguma coisa, a qual só pude entender depois de prestar bastante atenção. Ela dizia para eu tomar cuidado com a estrada, pois perto dali tinha uma curva muito grande, curva na qual o carro dela teria capotado, matando ela e a sua irmã de 5 anos.
Resolvi não gritar, nem fazer qualquer barulho para minha filha não ficar ainda mais assustada. Continuamos andando, até que chegamos na tal curva. O carro estava completamente destruído, como se um peso de mil toneladas caísse sobre uma lata de alumínio. Olhei novamente para trás e não tinha mais nada lá, e depois disso eu nunca mais vi algo parecido.
Resolvi não gritar, nem fazer qualquer barulho para minha filha não ficar ainda mais assustada. Continuamos andando, até que chegamos na tal curva. O carro estava completamente destruído, como se um peso de mil toneladas caísse sobre uma lata de alumínio. Olhei novamente para trás e não tinha mais nada lá, e depois disso eu nunca mais vi algo parecido.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Lençol branco
Meu nome é Julia, tenho 16 anos. Na nossa família, é costume velar as pessoas na própria casa, e à dois anos isso aconteceu com a minha tia. Ela morreu de manhã, e foi velada já no começo da tarde. A casa dela era enorme, e tinha a área da frente era bem grande, e nessa área é que ficou o caixão dela. Ficamos todos sentados na varanda, lamentando. Minha mãe estava muito nervosa, então fui até a cozinha buscar um copo d’água pra ela. Na cozinha tinha uma porta de vidro que dava para a lavanderia. Quando eu me virei para pegar o copo, vi um vulto branco passando, então entrei na lavanderia para olhar o que era, mas não vi nada. Quando eu sai, e fechei a porta, vi no reflexo do vidro um lençol branco parado atrás de mim. Olhei muito assustada, mas novamente não havia nada. Levei o copo de água pra minha mãe e voltei na cozinha para pegar minha bolsa que tinha esquecido. Procurei em tudo, mas não estava achando. Olhei para a porta e a bolsa estava lá, pendurada no trinco da porta, para o lado de dentro. Mas eu não a tinha deixado lá, eu havia a colocado em cima da mesa. Abri a porta e peguei, e ao fechar a porta vi de novo o lençol branco. Dessa vez fui indo de costas, olhando para o vidro, para ver a que horas aquilo sumiria. Foi só o tempo deu piscar os olhos para desaparecer. Sai de lá e sentei do lado da minha mãe, que já estava bem mais calma. Começamos a conversar, e ela ia falando das histórias da minha infância, até que uma hora ela disse que a minha tia adorava me assustar colocando um lençol no corpo, e que eu morria de medo daquilo. Bom, parece que não mudou muito. Depois do velório eu nunca mais vi ela, e a casa foi vendida, mas a mulher que comprou a casa liga para a minha mãe(foi ela que vendeu a casa) dizendo que ela esqueceu lençóis brancos na lavanderia.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
A menina do sótão
Meu nome é Cristiane, tenho 16 anos, mas a história que eu vou contar aconteceu quando eu tinha 8 anos. Minha casa era de dois andares, mas como eu tenho muitos irmãos, e sou a mais nova, eles ficaram com os melhores quartos e deixaram o sótão pra mim. Eu gostei bastante, porque eu fazia o que queria, e não atrapalhava ninguém. Toda noite, nossa família se reunia na sala antes do jantar, e nós conversávamos sobre vários assuntos. Quando chegava na parte de histórias de terror, meu pai pegava a lanterna, apagava as luzes, e começava a contar. Teve uma noite em que eu precisei usar a lanterna no meu quarto, e na hora de descer para ouvir as histórias acabei esquecendo. Meu pai pediu para eu ir buscar, e eu fui. Quando eu entrei no meu quarto, tinha alguém debaixo do lençol da cama. Eu sou muito corajosa, então levantei para ver o que era, mas não tinha nada. Procurei a lanterna em todo canto, mas não achava. Olhei em baixo da cama, e quando eu abaixei, vi dois pés balançando, como se alguém estivesse sentado nela. Quando ergui minha cabeça, tinha uma menina, muito feia, com a boca aberta, e toda escura, os olhos brancos e o cabelo preto. Eu dei um grito e todos foram lá ver, mas não acharam nada. Passei a ver essa menina três noites seguidas, e meus pais começaram a ficar preocupados. Passei a dormir no quarto de minha irmã, mas nos mudamos meses depois, e eu fiquei muito feliz. Nunca mais vi essa menina, mas aparece marcas de unhas arranhando o meu lençol todas as noites.
O garoto demônio
Meu nome é Marcio, tenho 18 anos. Ano passado, eu fui até a fazenda da minha avó, porque ela mora sozinha lá e é bem velhinha, então fui lá para cuidar dela. Todas as noites, nós sentamos no banco da varanda, e ela fica contando histórias pra mim, e isso acontece desde que eu era criança. Ficamos lá na varanda tomando café e conversando. Ela entrou na casa para pegar biscoitos para comermos molhados no café. De repente ela gritou muito assustada, e eu fui correndo ver o que era. Segurei ela tremendo, e perguntei o que tinha acontecido. Ela disse que tinha alguma coisa lá fora, um menino, mas ele ficava feio de uma hora pra outra. Não entendi nada, mas resolvi leva-la pra cama, pois ela já estava cansada. Pensei que ela estava ficando esclerosada, e deixei isso passar. Quando eu fui lá fora recolher as coisas, percebi um barulho nas plantas dela. Eu vi uma cabeça saindo de lá, de um menino, então entrei correndo pra dentro de casa, e tranquei tudo. Deitei na cama dela e dormi. Duas horas depois eu levantei para ir ao banheiro. Já estava lá a 30 segundos quando vi alguma coisa passando na janela, mas eu já tinha esquecido aquele menino, então pensei que fosse outra coisa. Quando eu fui lavar as mãos, percebi que a coisa estava parada na janela, e então eu resolvi encarar, pra ver se ia embora. Quando eu olhei levei um susto muito grande. O menino era muito feio. Não podia ver os seus olhos, eram apenas buracos negros, a sua boca era enorme, com os dentes grandes e afiados, e ele olhava bravo pra mim, mas eu não tirava os olhos, até que ele saiu. Voltei pra cama e fiquei deitado, sem conseguir dormir. Depois de alguns minutos, começaram a bater na porta do quarto. Mas eram batidas desesperadas, como se alguém quisesse abri-la no soco. Minha avó pegou uma pistola que era do meu avô, que ficava escondida dentro do armário, e deu um tiro na porta. Uma voz horrível gritou, era grossa, mas afinava de vez em quando. Gritou e saiu. Ouvimos o telhado quebrar, mas só isso. Nós só saímos do quarto quando o dia clareou. Olhamos o chão e estava cheio de sangue e pegadas de criança. A varanda estava cheia de pássaros sem cabeça, ou sem alguma asa. As oito vacas que minha avó tinha estavam mortas com mordidas profundas. Ninguém sabe porque isso aconteceu, e minha avó não mora mais lá, mas as pessoas do sitio reclamam da morte de gado e dos pássaros mortos que aparecem na varanda da casa delas toda manhã.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O Hospital Psiquiátrico
Meu nome é Nicolas, tenho 52 anos. Sou vigia noturno de um prédio o qual pessoas dizem ser mal-assombrado. Esse prédio foi fechado em 1926. Era um hospital psiquiátrico infantil, para crianças até 15 anos, até que uma virose inexplicável atingiu todo o prédio, e todas as crianças, funcionários e guardas morreram. Alguns jovens vem até aqui para usar drogas a noite, e alguma pessoas que gostam desse tipo de coisa paranormal vem aqui para testemunhar esse tipo de coisa, e é por isso que eu fico no prédio, para impedir que ele seja invadido. A cinco semanas mais ou menos, eu estava vigiando o quarto andar do prédio, e percebi uma movimentação estranha no corredor. Corri pra ver o que era, mas não achei nada nem ninguém, então gritei para sair do prédio, pois aquilo era invasão, e quando eu terminei de gritar, o encanamento caiu. Eu levei um susto muito grande. Corri para o primeiro andar, e ouvi vozes de crianças, aparentemente sofrendo. Achei que alguém poderia estar lá, machucando crianças, mas de novo, não tinha nada. As macas foram deixadas no prédio, pois já eram inválidas. Logo depois de ouvir as crianças, vi as macas se movendo brutalmente no quinto andar, e comecei a ficar assustado, mas o meu trabalho é verificar, então fui lá ver, mas nada. Quando eu sai do quarto de macas, vi uma velha puxando uma criança pelo braço, virando o corredor, mas só com a luz da lanterna não deu pra ver quem era, fui correndo atrás, com muitas esperanças de pegá-la, já que estava bem devagar, mas quando virei o corredor não vi nada além do escuro. De repente ouvi muitas vozes, pedindo ajuda, e todas elas infantis. Não sabia o que estava acontecendo, então corri para a primeira sala que vi. Na sala tinha uma cadeira, parecida com essas de dentistas, mas tinha uma espécie de cinto de ferro, como se fosse para prender a cabeça, e nos pés também tinha o mesmo cinto, assim como nas mãos. Iluminei atrás de um balcão velho, e vi uma criança desaparecer ali. Fiquei desesperado e sai de lá correndo. Quando estava descendo a escada do segundo andar, senti algo puxando fortemente minha perna, e minha reação foi dar um chute. Quando fiz isso escutei um grito de dor, mas não liguei e fui embora do prédio. Pedi demissão no dia seguinte. Alguns dias depois, quando já tinha me recuperado do susto, pesquisei a história do antigo hospital psiquiátrico, e descobri que uma enfermeira pegou uma doença super contagiosa, que naquela época não tinha cura nem tratamento, mas ela não avisou a ninguém, e ela passou essa doença para uma criança, que foi obrigada a repassar, e repassar, até que infectasse todos. Logo que todos morreram, um incêndio tomou conta do quarto andar, e mataram os vigias noturnos de lá. Depois disso o prédio foi interditado de vez, e nunca mais houve nenhum vigia, além de mim. Mas depois que sai, não ouvi mais falar de ninguém que tenha pego o cargo.
Minha filha possuída
Meu nome é Alice, tenho 34 anos e uma filha de 8 anos e sou viúva. Meu marido trabalhava no exército, então nós nos mudávamos muito, todo ano praticamente. Mas no ano retrasado ele sofreu um acidente em treinamento e faleceu. Então nós não nos mudamos mais. Essa casa sempre teve uma energia estranha, mas nada como o que aconteceu a cinco meses. Esta casa tem três quartos, dois de casal, bem grandes, e um pequeno que era da minha filha. Um dos quartos de casal era onde meu marido guardava as roupas e equipamentos do exército, mas assim que ele morreu tudo foi devolvido para lá, então fiz desse quarto, um novo para minha filha. Na hora de trocar o papel de parede, percebemos algumas marcas nas paredes. Alguns riscos que formavam palavras, mas nenhuma fazia sentido. Depois da reforma, a minha filha passou a falar sozinha, e dizia que tinha um amigo imaginário. A partir disso, de vez em quando ela fazia algumas coisas diferentes. Em um dia a babá dela ligou no meu trabalho dizendo que minha filha estava no telhado da casa, dizendo que ia se jogar para a felicidade. Fui correndo pra casa, e quando cheguei ela estava sentada lá em cima, agarrada na calha. Perguntei o que ela estava fazendo lá, e como conseguiu subir, e ela me disse que o amigo dela disse pra ela fazer isso, e a ajudou a subir. Pedi pra ela descer, e ela obedeceu. Outro dia nós jantávamos na sala, vendo televisão, e ela olhou pra trás e começou a conversar, como se realmente tivesse alguém ali com ela. Fiquei muito curiosa, então perguntei a ela como esse garoto era. Ela disse que tinha a idade dela, mas ela falou com uma cara feia, sendo arrogante comigo. Cheguei mais perto pra conversar e ela me deu um tapa, gritando que eu era muito chata e queria mata-la. Aquilo me deixou super preocupada, e eu a deixei de castigo, pensando no que fez, enquanto eu chamei minha mãe para ajudar. Pois a babá tinha pedido demissão por razões que ela não quis esclarecer. Quando voltei do trabalho para almoçar, minha mãe estava chorando no sofá. Perguntei o porque, e ela disse que minha filha estava gritando no quarto, mas não conseguia abrir a porta. Tentamos arrombar a porta, mas nada. Comecei a chorar e chamei a policia. Quando desliguei o telefone, minha filha saiu do quarto, com o ursinho que ela tanto gosta, rasgado. Eu fui atrás dela, e ela virou pra mim e começou a falar muitos, mas muitos palavrões. Agarrei pelo braço, e ela ficava tentando me morder, e gritava muito. Levamos ela ao médico, e tive que ficar segurando as pernas, enquanto minha mãe segurava os braços. O médico disse que ela tinha hematomas internos e cortes também. O médico disse que o irmão dele era padre, e que já tinha visto casos como esse. Minha filha estava possuída. Fomos correndo para a igreja, e o padre arrancou o bicho da minha filha. Ela ficou de repouso por algum tempo, e agora está tudo bem.
Igreja assombrada
Meu nome é Felipe, tenho 20 anos. Cheguei nessa cidade no ano passado, por causa de uma transferência da minha mãe, que é gerente de banco. Mesmo tendo bastante dinheiro, eu gosto de trabalhar e ser independente, mas aqui na cidade não conseguia arrumar nenhum emprego. Perto da casa onde ficamos, tinha uma igreja, e eles precisavam de alguém para varrer o pátio e limpar dentro da igreja. Eu aceitei, e comecei no dia seguinte. Varri todo o pátio, e esperei a missa acabar para que eu pudesse começar a limpeza. Depois de mais ou menos meia hora que tinha terminado de varrer, a missa acabou, e todos saíram, menos uma mulher. Ela ficou no primeiro acento, em frente ao altar. Parada ali, como se estivesse vendo alguma coisa. Fui falar com ela, para sair, pois eu precisava limpar. Quando encostei nela, seu pescoço girou de uma vez, e estralou. Ela caiu no chão, içando parada ali, e eu pensando que estava morta. Ela se levantou e começou a rastejar, muito rápido, e vinha em minha direção. Corri para o altar, e peguei um pote onde tinha água benta, e joguei na mulher. O corpo dela ficou estranho, começou a estourar bolhas, como se ela estivesse fervendo, e de novo, seu pescoço virou, mas desta vez, deu duas voltas, e o sangue começou a escorrer da boca dela. A porta da igreja que estava entre aberta, bateu com toda a força. Corri para a secretaria, e chamei um homem que trabalha lá. Ele chamou a policia, e retiraram o corpo de lá. No outro dia, eu fui trabalhar novamente, já tinha acabado mesmo. Então, quando a missa acabou, comecei a limpar os assentos. Quando eu estava no terceiro, percebi algo em comum, em todos eles. Um pentagrama invertido desenhado na parte de trás do banco, e no primeiro assento de frente ao altar (o que eu tinha visto a mulher) tinha um pentagrama um pouco maior, com um pedaço de unha cravado na madeira. Eu fui demitido no mesmo dia, porque pensaram que era eu que tinha desenhado. Eu nunca mais voltei a igreja, mas no mês passado, um funcionário foi morto, sem causa aparente. Na autópsia, acharam um pentagrama invertido desenhado no seu coração, e junto a ele, um pedaço de unha cravada no meio.
A casa da praia
Meu nome é Helena, tenho 24 anos. Ano passado eu fui passar as minhas férias na praia, com o pessoal da empresa onde eu trabalho. Já estava tudo organizado. A viajem, o lugar onde íamos ficar, os lugares que íamos visitar, enfim, tudo pronto. Chegando lá, descobrimos que a casa onde nós ficaríamos, já estava alugada. Todo mundo ficou nervoso, mas não tinha como voltar, só ia dar mais prejuízos. Então resolvemos alugar uma outra casa. Achamos uma linda, a 50 metros da praia, e por um preço muito baixo, o que era até estranho. No primeiro dia, todos foram a praia bem cedo, inclusive eu. Na metade do caminho, uma amiga percebeu que tinha esquecido a bolsa, e pediu para eu voltar e pegar. Quando eu entrei na casa, estava tudo ligado. Televisão, som, computadores, tudo. Achei tudo muito estranho, mas nem liguei, apenas desliguei tudo e voltei para a praia. A noite, todos iriam sair para festar, e eu também claro. Mas demoro muito para me arrumar, então os outros desceram para o carro, e eu e uma amiga ficamos lá nos arrumando. Minha amiga foi na cozinha pegar água e voltou gritando. Fiquei assustada, e perguntei o que tinha acontecido, então ela disse que tinha alguma coisa na cozinha. Pensei que era uma aranha, barata, algum inseto. Fui até lá para ver. Quando eu entrei, tinha sangue por todo o chão, e em cima da pia tinha um corpo, de um menino adolescente. Ele estava com o rosto cortado, como se estivesse atravessado uma porta de vidro. O braço estava pendurado ao corpo apenas por centímetros de pele, o seu pé era retorcido, e suas mãos moídas. Sai correndo de lá com a minha amiga, e pedi para algum homem ir lá ver. Eles foram, mas não tinha nada. Nós fomos para a festa, e só chegamos no outro dia bem cedo. Eu quis ser a primeira a tomar banho, no banheiro da suíte, claro. Quando eu abri o box do banheiro, o menino estava lá. Afogado completamente, com o corpo do mesmo jeito que estava na pia. Sai correndo de lá, e todo mundo assustou. Mas depois desse dia, eu passei a dormir dentro do carro. Ia a um banheiro publico quando dava vontade, mas não pisei mais naquele lugar. Perguntei para um visinho se havia acontecido alguma coisa na casa. Ele parou, pensou, e disse que sim, mas foi a muito tempo, quando a casa era um frigorifico, um garoto foi empurrado contra uma máquina, e teve o corpo torcido por ela, tendo morte instantânea. Fomos procurar outra casa no dia seguinte, apesar de ninguém ter acreditado. Dez dias depois nós fomos embora, e não vi mais esse garoto.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
A Praça dos Sete Corpos
Meu nome é Karen, tenho 15 anos. A poucas semanas, eu e a minha amiga andávamos em uma praça perto da minha casa. A praça é enorme, talvez porque a cidade seja muito pequena, mas de qualquer forma é enorme, deve dar mais ou menos dois quarteirões. Íamos conversando, distraídas, quando fomos paradas por um garoto. Ele era lindo, olhos azuis, pele clara, perfeito. Ele nos perguntou a onde ficava a serralheria, e nós o mostramos. Quando ele passou por nós, depois de uns 5 segundos, olhamos para trás para vermos ele de costas, mas não havia mais ninguém lá. Foi muito estranho, mas continuamos andando. Logo mais a frente, o mesmo garoto nos parou, e nos perguntou o mesmo da outra vez. Desta vez nós dizemos a ele que não sabíamos onde ficava, e ele fez cara de bravo e começou a gritar, com uma voz estranha. Corremos dali. No outro dia, combinei de encontrar com o meu namorado na mesma praça. Fiquei até tarde esperando ele, mas ele não foi. Levantei e fui andando pra casa. Quando eu estava na metade do caminho, uma mulher passou na minha frente, lendo um bilhete e chorando. Decidi perguntar o que tinha acontecido, mas ela só me olhou, e continuou andando. Nos outros cinco dias foi a mesma coisa. Eu via pessoas andando na praça, hora chorando, hora bravas. Vi sete pessoas diferentes. A sétima pessoa era um velho, um senhor bem simpático, que me perguntou a onde ele estava, então eu lhe disse que ele estava na praça Santa Helena, e ele se irritou e saiu andando estressado.Percebi que ele tinha uma marca roxa no pescoço, mas nem liguei. Dias atrás, fizemos um trabalho na escola, e nós estudamos a história da praça. Fiquei surpresa quando descobri que aquela praça, a muitos anos, era a Praça dos Sete Corpos. Uma praça onde todo mês, sete pessoas eram enforcadas, sem nenhum motivo, e depois eram enterradas no gramado da praça. Quando foram fazer a reforma da praça, eles não encontraram nenhum corpo, só encontraram as cordas nas quais as pessoas eram enforcadas.
A garota do espelho
Meu nome é Marcio, tenho 30 anos. O que vou relatar aconteceu quando eu era criança. Meus pais e eu viajamos para o interior para visitar a minha tia que estava muito doente. Ela mora sozinha em uma casa enorme. A filha dela morreu em um acidente dentro da casa, quando adolescente. A garota foi descer pelo corrimão da escada, e caiu, lá de cima, rachando a cabeça ao meio. Chegamos lá, e fomos para o nosso quarto. Como a casa era muito grande, meu pai pediu para que eu dormisse em um quarto sozinho, e como eu queria privacidade, eu fui. De madrugada, levantei e fui ao banheiro. Na parede ao lado do banheiro, tem um espelho, de forma que quando você sai do banheiro, da de cara com ele. Deixei a porta aberta, e percebi uma movimentação no espelho. Fiquei bem assustado, então lavei as mãos e sai do banheiro para ir ao quarto. Quando eu me virei de frente para o espelho, vi atrás de mim uma garota, deformada, sangrando e com a boca retalhada. Tranquei a porta e fiquei deitado no chão, coberto com duas toalhas. Fiquei com vontade de vomitar, então levantei e fui para o vaso sanitário. Primeiro vomitei sangue, mas parecia que tinha alguma coisa me engasgando, e vomitei umas cinco ou seis larvas. Voltei a me cobrir, achando muito estranho. Já tinha se passado algum tempo, e eu estava morrendo de sono, então decidi abrir a porta e ir correndo para o meu quarto. Quando cheguei lá, o meu lençol estava com marcas de sangue, algumas gotas, então corri para o quarto dos meus pais, mas estava trancado. Fiquei sem o que fazer, mas ficar naquele corredor escuro é que não ia ser. Fui então para o quarto da minha tia, e deitei na cama dela. Eu sempre soube que ela tinha o sono bem leve, mas mesmo assim ela não acordou. Eu acendi o abajur do lado da cama dela. Ela estava com a boca aberta, como se alguém pegasse o maxilar e a mandíbula e abrisse com toda a força, e estava cheia de larvas. Gritei meus pais e eles correram para o quarto. Chamamos a policia, ambulância, tudo o que era gente. Mas ninguém soube dizer o que realmente tinha acontecido. Eu não contei para os meus pais sobre a menina que eu vi, e nós nunca mais voltamos na casa, e também nunca mais vi aquela menina. Até ontem.
O jantar macabro
Meu nome é Bruna, tenho 29 anos agora. A história que eu vou contar aconteceu quando eu tinha 20. Bom, era véspera de Natal, e a minha família não é reunida. A maioria dos meus parentes moram em outros estados ou países. A minha mãe tem problemas mentais, e mora em uma casa de repouso apropriada para pessoas com o mesmo problema. Ela é uma pessoa muito boa, então todos os Natais, aniversários ou festas, ela pode sair de lá, podendo voltar no dia seguinte. Busquei ela lá e a levei para minha casa. Meu filho tinha 5 meses. Quando chegou a tarde, eu sai para comprar algumas coisas para que pudéssemos comer a noite, e deixei meu bebe com a minha mãe, que já estava boa, era a paciente que menos apresentava sintomas. Sai de casa aproximadamente 17:00 horas, e demorou bastante no mercado. Voltei para casa por volta de 19:00 horas. Me assustei quando entrei em casa, e vi a mesa do jantar todas arrumada. Velas acesas, Copos, pratos e talheres no lugar, saladas, frutas. Procurei a minha mãe pela entrada, mas não estava. Fui para a sala e lá estava ela, sentada em uma cadeira de balanço, afiando uma faca e cantando músicas satânicas pelo que pude perceber. Ela largou as facas e me abraçou, e disse que já estava assando um porco para nós comermos a noite. Eu corri para ver o que era, e lá estava o meu filho, dentro do forno, morto cheio de bolhas em todo o corpinho. Resolvi internar a minha mãe em um manicômio, e ela piora cada dia mais. Hoje em dia tenho outro filho com o meu novo marido, mas essa imgaem nunca sairá da minha cabeça.
Não era do lado de fora
Meu nome é Juliani, tenho 14 anos. A duas semanas, eu e minha família fomos passar cinco dias em uma fazenda antiga. Era da minha bisavó, e tinha acabado de ser reformada. Essa fazenda era a sede da corte, a muito tempo atrás, então tem uma história bem bonita, mas o que vou contar não tem nada a ver com isso. No primeiro dia, eu e toda a família, incluindo primos e tias, estávamos sentados na varanda, conversando, mas tava com um tempo de chuva,e das fortes, então nós resolvemos entrar e ficar conversando na sala mesmo. Ficamos todos conversando até umas 19:00 horas, e a chuva caindo muito forte lá fora. Quando deu 21:30h mais ou menos, as pessoas começaram a ir dormir, e eu e os meus primos ficamos e dormir na sala, porque os adultos sempre tem que ter um pouquinho mais de privacidade. O meu colchão foi o ultimo, e ficou a 1m da porta de entrada, que era enorme. As janelas eram todas de vidro, bem bonitas. A chuva ia ficando cada vez mais forte. Eu sou sempre o ultimo a dormir, então fiquei acordado até de madrugada. Por volta de 03:00 horas, eu comecei a ouvir gritos lá fora, muito, mas muito altos. Todos acordaram assustados, levantamos e corremos para os quartos. Os gritos só aumentavam, junto a chuva. De repente os gritos pararam e a chuva diminuiu um pouco, mas bem pouco. Ficamos em silencio tentando ouvir alguma coisa, quando ouvimos a janela quebrar. Foi muito assustador. Mas foi só isso. Ficamos no quarto até a chuva parar, o que só aconteceu de manhã. Os homens mais velhos saíram primeiro, para ver se estava tudo bem, e logo depois chamaram a gente. Estava tudo normal com os móveis, mas o mais estranho, é que os cacos da janela estavam para o lado de fora, como se alguma coisa saísse lá de dentro. Fomos embora nesse mesmo dia, e colocamos a fazenda para alugar para festas e coisas assim. Poucas pessoas alugam, e essas dizem que escutam gritos e vozes, sentem alguém por perto, e não ficam muito. Depois, pesquisamos nos livros que tinham na fazenda, e a história é que antigamente, na época da corte, tinham muitos escravos, e eles eram torturados no forno, ou no tronco, alguns tinham partes do corpo decepadas, e depois eram soltos para os animais comerem.
Possessão na Fazenda
Meu nome é Caique, tenho 16 anos. Eu e uma turma de amigos (meninos e meninas) andávamos na rua da fazenda. Era no fim da tarde, então nós fomos até a cachoeira para olhar o pôr do Sol. Quando ele estava quase no final, nós começamos a pular da cachoeira, para divertir um pouco. Ficamos mais de duas horas lá, e já estava escuro quando decidimos voltar para a casa. A rua da nossa fazenda é bem larga, cabem umas 7 pessoas uma ao lado da outra, estávamos em 6. Começamos a andar ali, conversando, rindo, todo mundo. Perto de chegar na casa, temos que passar por uma capela de vidro. A uns 15 passos dessa capela, a Isabela pediu pra que todos parassem. Pediu para que olhássemos para a capela, então atendemos esse pedido. Quando olhamos, vimos uma mulher, muito velha, com um vestido azul, bem longo. Todos gelaram, e ficaram se perguntando quem seria a velha. Ela tinha morrido quando meu pai ainda era um bebe, e essa mulher era a babá dele. Ela era muito ruim, batia nele com cinta, fazia ele comer minhoca amassada, e muito mais. Até que a minha avó se irritou, e matou essa mulher tacando água quente no rosto dela enquanto dormia, e a enterrou ali. A mulher foi andando em direção ao canavial, e sumiu lá dentro. O caminho estava livre. Nós passamos, mas do nada, a Camila ficou estranha. Parou de conversar, apenas andava. Quando eu perguntei o que estava acontecendo ela começou a tossir e caiu no chão. Começou a gritar e dizer nomes bíblicos dos anjos decaídos. Olhamos para todo o seu corpo. A perna dela estava se revirando, como uma tampa de garrafa, e ela gritava muito. Corri e chamei meu pai, enquanto todos olhavam aquela cena. Meu pai vai muito a igreja, ele trabalha na recepção, e sempre que tem missa ele vai, então ele sabe bastante sobre o assunto. Disse algumas palavras pra minha amiga, e depois de um tempo ela voltou a si. Com ela chorando muito e gritando, levamos para o hospital. O que houve com ela não se explica, mas sua perna teve que ser amputada, todos os ossos quebraram, o médico disse que os dedos do pé tinham tocado o calcanhar. Ela se lembra de tudo, só que não sabe o que aconteceu com ela. Bem, a capela foi queimada, e tudo está em paz agora. Por enquanto.
Um caso de possessão
Meu nome é Marcos, tenho 36 anos e o que vou relatar aconteceu com o meu filho no ano passado. Meu filho dorme no quarto do lado, ele tem 14 anos. Em uma noite, como todas as outras, eu passava da sala para a cozinha, e da cozinha para o quarto do meu filho, para finalmente ir para o meu. Sai da sala. Quando fui passar para a cozinha, vi um vulto passando. Eu não estranho isso, quase sempre acontece. Passei pela cozinha e o rádio estava ligado, então eu simplesmente desliguei. Quando estava chegando no quarto do meu filho para dar boa noite, saiu uma criança correndo de lá, mas não pude ver o rosto. Então entrei no quarto do meu filho, e ele estava completamente coberto. Perguntei o que tinha acontecido, e ele disse que demônio tinha falado com ele. Aquilo gelou todo o meu sangue. Achei que dizer que esse tipo de coisa não existe não era o mais apropriado. Então perguntei como ele era e o que tinha dito. Ele disse que era uma criança, com um sorriso maligno, com os olhos meio prata, meio vermelho, e disse que o demônio mandou ele se matar. Bom, eu acreditei, mas não fiquei tão apavorado assim. Afinal, poderia ser só coisa da cabeça dele. Não, não era, pois se fosse eu não teria visto. No outro dia, meu filho tinha ido para a escola, e eu e minha esposa (que não estava sabendo de nada) fomos limpar a casa. Começamos pela sala, e de novo o vulto, mas ela não viu. Seguimos para a cozinha, e o rádio estava ligado numa música grotesca. Partimos para o corredor, e vi aquela criança correr para o quarto do meu filho. Segui para ver o que daria. Quando cheguei no quarto dele, vi a criança dançando de costas para mim, virada para a janela, dançando aquela mesma música macabra. Ele deve ter percebido minha presença, e pulou a janela, corri para ver, mas não tinha mais nada lá. A noite chegou. Meu filho estava escovando os dentes, e eu fui preparar a sua cama. Ao entrar no quarto dele, vi o armário se fechando. Já era demais. Peguei meu filho e a minha esposa e partimos para a casa da minha mãe. Nos acomodamos e fomos jantar. Ela me pediu para pegar o suco na cozinha, então eu fui. Quando eu entrei, percebi que o rádio estava ligado, e fui chegando perto para ouvir o que era, quando cheguei bem perto, o volume aumentou sozinho, naquela música que tocava em minha casa. Todos assustaram. Minha mãe e minha esposa foram lá ver, deixando meu filho sozinho na sala. Minha mãe disse que aquilo nunca tinha acontecido, então voltamos para a sala de jantar. Quando entramos, meu filho estava deitado na mesa, se engasgando com o vômito, e tremendo muito. Minha esposa começou a chorar e não sabia o que fazia, então pedi para que minha mãe ajudasse a desvira-lo. Ele estava muito pesado, foi difícil, mas nós conseguimos. Segundos depois ele já tinha voltado ao normal, e que não se lembrava do que tinha acontecido. Levamos ele ao médico, mas não foi explicado o que tinha acontecido. Minha mulher decidiu levar ele para um padre. O padre disse que ele tinha sido possuído por um demônio. Então meu filho foi benzido por fora, e para que pudesse benzer por dentro, o padre sugeriu que ele tomasse um pouco da água benta. Ele tomou, e instantaneamente colocou a mão na barriga, dizendo que tinha algo queimando. O padre disse que era o demônio, que ainda estava lá, estava apenas acalmado, mas que agora ele já tinha queimado, na água benta.
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