terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Garoto no milharal
Meu nome é André, tenho 16 anos. Passei todas as minhas férias no sítio, no qual aconteceram coisas estranhas comigo e com os meus primos. Faltavam 4 dias para o fim das férias, quando nós começamos a acampar perto de uma mata que tem no local. No segundo dia as coisas ficaram diferentes. Estavam todos lá, em volta de uma fogueira, fazendo milho assado, até que acabou o milho, e me pediram para ir buscar. O milharal fica bem próximo, menos de 20 metros, então eu fui sem me preocupar. No começo não tinha muito milho bom para o consumo, então eu entrei mais pra dentro do milharal, o problema é que estava escuro e eu quase não conseguia enxergar. Fui pegando qualquer um que eu sentia, e colocava dentro da cesta. Já estava quase cheia, quando fui pegar os últimos milhos, mas na hora em que eu agarrei o pé, senti apertar uma mão de criança. Fiquei assustado, mas pensei que fosse só impressão minha. Voltei com a cesta, e quando estava próximo de chegar na saída da plantação, alguma coisa parou na minha frente, e ficou olhando para mim, mas eu não conseguia ver o que era. Aquilo vinha se aproximando cada vez mais, então eu deitei na terra e me cobri com a cesta, deixando todos os milhos caírem. Tentei gritar, mas minha voz não saía. As coisas já haviam se acalmado, então resolvi sair daquele lugar o quanto antes. Quando tirei a cesta do rosto, vi um garoto todo ensanguentado, com os dedos mutilados e a barriga aberta, com os órgãos aparecendo. Gritei bem alto, e dessa vez saiu além do que eu imaginava, e todos correram assustados para ver, mas já não havia ninguém ali. Eu não quis continuar ali, então convenci meus primos que seria melhor não continuarmos acampando. No outro dia voltamos lá para tentar achar alguma coisa, mas não tinha nada além da cesta cheia de milhos e com muito sangue sobre ele. Perguntei aos meus avós se eles sabiam de algo, e minha avó disse que antes do sítio ser comprado, uma criança morreu no milharal. Ela tentava fugir do seu pai, e foi atingida pelo mesmo com um tiro na cabeça. Não contei para meus avós o que eu tinha visto, só perguntei e fui embora no mesmo dia, deixando-os curiosos. Eu ainda volta lá de vez em quando, mas nunca mais acampamos em nenhum lugar daquele sítio.
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