segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Fantasma na fazenda
Meu nome é Laura, tenho 13 anos. Todo fim de semana eu vou para a fazenda da minha avó, que mora com mais duas tias. A duas semanas, eu resolvi levar uma amiga para ir dormir lá comigo, já que é um lugar enorme e tem muitas coisas pra fazer. Passamos uma tarde inteira brincando, tirando leite, pegando ovos, lavando os cavalos, cortando a grama, fizemos pães, bolos, tortas e geleia. Um dia maravilhoso. Minha avó e minhas tias vão dormir sempre 21:00h, mas como eu tinha levado uma amiga elas deixaram que nós ficássemos até mais tarde assistindo TV, ou brincando ali na sala, mas claro que eu não ia me conter de ficar só na sala, então chamei minha amiga pra ficar conversando na área. Passei um café, peguei algumas bolachas e ficamos ali um bom tempo. De repente o cachorro começou a latir para o nada, mas nós deixamos de lado, já que esses cães de sítio latem por qualquer bobagem, e continuamos lá. Ficamos contemplando as estrelas, quando vimos uma garota toda de branco sair da escuridão. Ela andava muito lentamente em nossa direção. Seus cabelos voavam ao vento, mas não dava para ver o seu rosto. Seu vestido branco de mangas longas mexia muito, e nós podíamos ouvir um cantarolar bem baixo. Seu passo lento começava a acelerar, e o vento ficava mais forte. Ficamos com medo e entramos, apagamos as luzes e deitamos no mesmo colchão. Mudamos de assunto para tentar esquecer aquilo tudo, e depois de alguns minutos ficamos apenas deitadas assistindo televisão. Meia hora depois mais ou menos, ouvimos batidas nas janelas e na porta. O som ia e vinha, a todo instante. Levantei para verificar se a porta e as janelas estavam devidamente trancadas, e minha amiga atrás de mim. Ao olhar pelo vidro da porta, vimos a garota de branco parada, olhando pra gente. Da sua boca escorria sangue, e faltavam vários dentes na boca dela, pude perceber enquanto ela cantava uma música grotesca. Não conseguia ver seus olhos, parecia que ela não tinha, e que eram apenas dois buracos negros de dar medo, e ela tinha uma forte marca vermelha no pescoço. De repente ela começou a gritar e a bater na porta, querendo entrar. Tranquei mais uma vez a porta e corri para chamar minha avó, mas quando fomos ver de novo não havia mais nada lá. Quando amanheceu fomos ver o lugar de onde a menina tinha saído, e achamos uma corda toda ensanguentada, mas o sangue estava seco, como se estivesse ali a muito tempo. Perguntei pra minha avó se ela sabia de alguma história da fazenda, e ela disse que tinha uma lenda que dizia que naquele lugar, muito antigamente, os padres enforcavam as crianças que estavam possuídas, e que já não tinham chances de cura. Mas ela não acreditava naquelas histórias, já que ela nunca tinha visto nada. Só sei que não voltei mais na fazenda, e agora eu passo o fim de semana na casa da minha amiga, e nós sempre falamos sobre o assunto.
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