quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A casa da praia


Meu nome é Helena, tenho 24 anos. Ano passado eu fui passar as minhas férias na praia, com o pessoal da empresa onde eu trabalho. Já estava tudo organizado. A viajem, o lugar onde íamos ficar, os lugares que íamos visitar, enfim, tudo pronto. Chegando lá, descobrimos que a casa onde nós ficaríamos, já estava alugada. Todo mundo ficou nervoso, mas não tinha como voltar, só ia dar mais prejuízos. Então resolvemos alugar uma outra casa. Achamos uma linda, a 50 metros da praia, e por um preço muito baixo, o que era até estranho. No primeiro dia, todos foram a praia bem cedo, inclusive eu. Na metade do caminho, uma amiga percebeu que tinha esquecido a bolsa, e pediu para eu voltar e pegar. Quando eu entrei na casa, estava tudo ligado. Televisão, som, computadores, tudo. Achei tudo muito estranho, mas nem liguei, apenas desliguei tudo e voltei para a praia. A noite, todos iriam sair para festar, e eu também claro. Mas demoro muito para me arrumar, então os outros desceram para o carro, e eu e uma amiga ficamos lá nos arrumando. Minha amiga foi na cozinha pegar água e voltou gritando. Fiquei assustada, e perguntei o que tinha acontecido, então ela disse que tinha alguma coisa na cozinha. Pensei que era uma aranha, barata, algum inseto. Fui até lá para ver. Quando eu entrei, tinha sangue por todo o chão, e em cima da pia tinha um corpo, de um menino adolescente. Ele estava com o rosto cortado, como se estivesse atravessado uma porta de vidro. O braço estava pendurado ao corpo apenas por centímetros de pele, o seu pé era retorcido, e suas mãos moídas. Sai correndo de lá com a minha amiga, e pedi para algum homem ir lá ver. Eles foram, mas não tinha nada. Nós fomos para a festa, e só chegamos no outro dia bem cedo. Eu quis ser a primeira a tomar banho, no banheiro da suíte, claro. Quando eu abri o box do banheiro, o menino estava lá. Afogado completamente, com o corpo do mesmo jeito que estava na pia. Sai correndo de lá, e todo mundo assustou. Mas depois desse dia, eu passei a dormir dentro do carro. Ia a um banheiro publico quando dava vontade, mas não pisei mais naquele lugar. Perguntei para um visinho se havia acontecido alguma coisa na casa. Ele parou, pensou, e disse que sim, mas foi a muito tempo, quando a casa era um frigorifico, um garoto foi empurrado contra uma máquina, e teve o corpo torcido por ela, tendo morte instantânea. Fomos procurar outra casa no dia seguinte, apesar de ninguém ter acreditado. Dez dias depois nós fomos embora, e não vi mais esse garoto.

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